08/07/2008

A grande cavadela

Ibne Ammar (Algarve) © João Varela/CEEAA (2008)

?!?!?! Nunca imaginei quando postei o Suado Milagre que ao defender uma espeleologia pró-activa a coisa pudesse ir tão longe… Se é certo que o investimento nas desobstruções é inevitável, quer na descoberta de novas grutas, quer no eventual prolongamento das já conhecidas, há ou devia haver limites balizados pelo razoável. Mas, lá está, não é por andar meses a cavar no mesmo sítio que, por milagre, aparece um algar promissor onde não o há ou uma pretensa continuação. O futuro, se se quer e pretende auspicioso e inovador, só terá um caminho a seguir: “partir pedra”, trabalhar, trabalhar, trabalhar e, já agora, acreditar. Mas vamos com calma… Neste caso pretende-se a partir do nível médio das águas do mar atingir o centro da Terra ou, simplesmente, praticar actividade física através do acto de cavar, digamos, desalmadamente? Se se tratar da primeira opção seria útil dispor de maquinaria mais “abrasiva” e dificilmente se iria muito mais além de uma dezena de quilómetros de profundidade o que, para efeitos práticos, é manifestamente insuficiente face aos seis mil e tal quilómetros do raio da Terra! Na segunda hipótese seria interessante praticar essa actividade noutro local, talvez mais ensolarado, onde os impactes da mesma fossem positivos. E até se poderia juntar o útil ao agradável, nessa actividade da “cavadela” ganhando algum dinheiro no ramo da agricultura ou, simplesmente, a abrir e a tapar buracos (algo muito frequente no nosso país). Pensando melhor talvez estejam em busca de algum tesouro ou abrindo uma regueira, resta saber para quê... A Ibne Ammar já foi vítima de muitas barbaridades e já seria altura de ter algum descanso, mas tal não se perspectiva. Ainda para mais quando se colocam placas indicadoras da sua localização e que atraem certamente inúmeros curiosos!

Ibne Ammar (Algarve) © João Varela/CEEAA (2008)

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