O FORA DE PORTAS surgiu na edição nº 106, de 6 de Dezembro de 1996, do jornal Forum Ambiente. Esta rubrica semanal foi publicada ininterruptamente até à edição nº 290, de 4 de Julho de 2000, ou seja, durante 184 edições.
A rubrica FORA DE PORTAS pretendeu ser um espaço de reflexão acerca da prática de actividades de ar livre e conservação da natureza. Nesse âmbito, ao longo de mais de três anos e meio, foram abordadas diversas actividades de ar livre e inúmeras temáticas acerca da problemática da conservação/protecção.
O FORA DE PORTAS foi concebido para estimular a interrogação, o diálogo, a procura de soluções sobre o difícil e até incompreendido equilíbrio (ou falta dele) entre a prática de actividades de ar livre e a conservação da natureza. Nesse contexto, considerámos que teríamos atingido os objectivos, que mais não fosse, se despertássemos o debate sobre a problemática: actividades de ar livre versus ambiente? E, de facto, assim terá sido…
No âmbito da espeleologia, que é a actividade que nos interessa analisar no Spelaion, foram escritas mais de meia centena de peças jornalísticas na rubrica FORA DE PORTAS e, apesar das reacções terem sido poucas, tivemos alguns feedbacks notáveis, quer pela positiva quer pela negativa. Salientamos, pelo bizarro, a situação caricata de uns exploradores de grutas algarvios, que se auto-intitulavam “espeleólogos”, nos terem dito frontalmente que estas peças jornalísticas não serviam para nada. Para além de devermos elogiar a sua frontalidade, há que reconhecer igualmente a coerência de quem andava a desenterrar património arqueológico à “balda” e, inclusivamente, matava morcegos, entre outras "tropelias"! Mas como isto do “buraquismo” é um fenómeno geralmente cíclico, já se terão cansado. Tal como vieram assim se foram… O problema é que uns vão e outros vêm! Lá está, é um fenómeno cíclico. Escusado será dizer que quem quiser mascarar-se de espeleólogo basta ir a uma loja da especialidade e voilà. Ou nem isso, basta encomendar na net… O problema inerente a estas motivações, mais ou menos passageiras, são os impactes negativos resultantes de cada ciclo de explorações (nos diversos significados que a palavra encerra, incluindo os piores). E esses, os impactes, não vão e voltam, pura e simplesmente quedam.!!! Mais, não podemos deixar de expressar a nossa admiração pela forma impávida e serena como muitos assistem à destruição do património espeleológico como se algo de natural e/ou de inevitável fosse! Conformismo? Indiferença? Quem sabe?
Mas o motivo deste post é apenas justificar o porquê de termos publicado, até agora, 12 números seguidos da rubrica FORA DE PORTAS no Spelaion e de a partir de agora deixarmos de o fazer. Isso deve-se ao facto de acharmos que faria algum sentido apresentar a sequência de 12 números (três meses) seguidos sobre espeleologia num jornal de expressão nacional. Algo que será de assinalar, por ser único, no panorama jornalístico português, claramente voltado para outras temáticas mais “apelativas” e consideradas (sabe-se lá por quem) de maior interesse público. Daqui em diante iremos publicar os FORA DE PORTAS consoante a sequência que entendermos mais conveniente, de acordo com assuntos que estejam na ordem do dia ou temas que tenham sido publicados na revista Forum Ambiente ou, inclusivamente, em livro.
Por último, gostaríamos de expressar mais uma vez que as nossas preocupações se têm centrado na defesa do carso em geral e do endocarso em particular, longe de polémicas, de politicas ou de outras facetas da actividade. Isso não quer dizer, no entanto, que dure sempre… Acontece que, tal como uns se cansam de explorar grutas, nós também começamos a ficar cansados de assistir a certas “manigâncias” e “brincadeiras” que nos passariam ao lado não fosse o facto de se reflectirem precisamente na conservação do património natural.
A rubrica FORA DE PORTAS pretendeu ser um espaço de reflexão acerca da prática de actividades de ar livre e conservação da natureza. Nesse âmbito, ao longo de mais de três anos e meio, foram abordadas diversas actividades de ar livre e inúmeras temáticas acerca da problemática da conservação/protecção.
O FORA DE PORTAS foi concebido para estimular a interrogação, o diálogo, a procura de soluções sobre o difícil e até incompreendido equilíbrio (ou falta dele) entre a prática de actividades de ar livre e a conservação da natureza. Nesse contexto, considerámos que teríamos atingido os objectivos, que mais não fosse, se despertássemos o debate sobre a problemática: actividades de ar livre versus ambiente? E, de facto, assim terá sido…
No âmbito da espeleologia, que é a actividade que nos interessa analisar no Spelaion, foram escritas mais de meia centena de peças jornalísticas na rubrica FORA DE PORTAS e, apesar das reacções terem sido poucas, tivemos alguns feedbacks notáveis, quer pela positiva quer pela negativa. Salientamos, pelo bizarro, a situação caricata de uns exploradores de grutas algarvios, que se auto-intitulavam “espeleólogos”, nos terem dito frontalmente que estas peças jornalísticas não serviam para nada. Para além de devermos elogiar a sua frontalidade, há que reconhecer igualmente a coerência de quem andava a desenterrar património arqueológico à “balda” e, inclusivamente, matava morcegos, entre outras "tropelias"! Mas como isto do “buraquismo” é um fenómeno geralmente cíclico, já se terão cansado. Tal como vieram assim se foram… O problema é que uns vão e outros vêm! Lá está, é um fenómeno cíclico. Escusado será dizer que quem quiser mascarar-se de espeleólogo basta ir a uma loja da especialidade e voilà. Ou nem isso, basta encomendar na net… O problema inerente a estas motivações, mais ou menos passageiras, são os impactes negativos resultantes de cada ciclo de explorações (nos diversos significados que a palavra encerra, incluindo os piores). E esses, os impactes, não vão e voltam, pura e simplesmente quedam.!!! Mais, não podemos deixar de expressar a nossa admiração pela forma impávida e serena como muitos assistem à destruição do património espeleológico como se algo de natural e/ou de inevitável fosse! Conformismo? Indiferença? Quem sabe?
Mas o motivo deste post é apenas justificar o porquê de termos publicado, até agora, 12 números seguidos da rubrica FORA DE PORTAS no Spelaion e de a partir de agora deixarmos de o fazer. Isso deve-se ao facto de acharmos que faria algum sentido apresentar a sequência de 12 números (três meses) seguidos sobre espeleologia num jornal de expressão nacional. Algo que será de assinalar, por ser único, no panorama jornalístico português, claramente voltado para outras temáticas mais “apelativas” e consideradas (sabe-se lá por quem) de maior interesse público. Daqui em diante iremos publicar os FORA DE PORTAS consoante a sequência que entendermos mais conveniente, de acordo com assuntos que estejam na ordem do dia ou temas que tenham sido publicados na revista Forum Ambiente ou, inclusivamente, em livro.
Por último, gostaríamos de expressar mais uma vez que as nossas preocupações se têm centrado na defesa do carso em geral e do endocarso em particular, longe de polémicas, de politicas ou de outras facetas da actividade. Isso não quer dizer, no entanto, que dure sempre… Acontece que, tal como uns se cansam de explorar grutas, nós também começamos a ficar cansados de assistir a certas “manigâncias” e “brincadeiras” que nos passariam ao lado não fosse o facto de se reflectirem precisamente na conservação do património natural.
Ursa (Sintra) © Pedro Cuiça (2000)
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