13/10/2008

Caveman, Oh!, Oh!, Oh! (II)

© Museo Arqueológico Nacional

O Homem pré-histórico que habitou as cavernas ou as utilizou como necrópole, que fez desses lugares subterrâneos cenários de sagradas cerimónias esquecidas pelo tempo ou suportes de manifestações artísticas impares, não seria tão primitivo ou “básico” quanto muitos fizeram ou querem fazer crer. Na mesma edição da revista Sábado (nº 232, de 9 a 15 de Outubro de 2008), em que se expõe a tradicional concepção alternativa de associar a palavra “cavernícola” a noções pejorativas, encontra-se uma notícia que desmente, de todo, esses “pontos de vista”. Os trogloditas eram bem mais desenvolvidos do que frequentemente se pensa…

Altamira levou 20 mil anos a pintar
Pode ter parecido uma eternidade a Miguel Ângelo o tempo que passou a pintar a Capela Sistina, em Roma: quatro anos. Mas sabe-se agora que a outra Capela Sistina, a gruta de Altamira, em Espanha, demorou muito mais a ser concluída. Ao longo de 20 mil anos, centenas de gerações foram retocando as cenas de caça pré-histórica. Esta surpreendente descoberta deita por terra as anteriores teorias, que acreditavam que estas pinturas tinham sido feitas de uma só vez.
A nova teoria foi apresentada no início da semana no sítio da internet
Planet Earth e é o resultado das investigações feitas pela equipa do arqueólogo Alistair Pike, da universidade de Bristol. À semelhança das pinturas rupestres de Altamira, as figuras encontradas em centenas de outras grutas em toda a Europa também terão demorado dezenas de milhares de anos a ser concluídas.
Até agora, os cientistas tinham dificuldades em identificar com precisão as datas das pinturas. Mas uma técnica pioneira promete acabar com esse obstáculo. A solução é medir os níveis de urânio nas grutas, tal como fazem os geólogos quando querem datar as formações rochosas.
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