“Os documentos da vida pré-histórica, dia a dia acumulados pela investigação dos arqueólogos, vagamente anunciam o que de maior podia surgir na história do espírito, os apogeus da alma, a ascese do homem para o absoluto, para a unidade, para a eterna perfeição. Esses documentos não diziam tudo: a eloquência da escola de Altamira, dos magos pintores que ornamentam “a Capela Sistina da arte quaternária”, a lógica monumental dos arquitectos dos dólmenes e dos cromeleques, dos menires não dizia tudo da energética que animava os nossos longínquos antepassados. Era preciso recolher fórmulas vivas, bem existentes que ajudassem a abrir e a ler melhor as páginas de duplo sentido, os hieroglíficos dizeres dos pintores e canteiros que desapareceram com o seu segredo, o seu possível e rudimentaríssimo esoterismo, mágico e religioso.”
AArão de Lacerda
in O Fenómeno Religioso e a Simbólica (1924)
Guimarães Editores (1998)
AArão de Lacerda
in O Fenómeno Religioso e a Simbólica (1924)
Guimarães Editores (1998)
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