25/02/2008

Gralha-de-bico-vermelho

[Revista Ciência ● Série VI, nº 2, Março 1992, pp. 36-42]

Gralha-de-bico-vermelho: Uma Ave em Declínio

Actualmente, a Gralha-de-bico-vermelho encontra-se ameaçada no território português. Apesar das leis de protecção em vigor, continua a acentuar-se o seu declínio devido a causas várias e complexas. No passado já foram abundantes, no presente encontram-se dispersas e em pequenos bandos. Que futuro?

Decorre actualmente na Divisão de Investigação e Estudos Ecológicos do Serviço Nacional de Parques, Reservas e Conservação da Natureza, um trabalho que dedica especial atenção à ecologia e problemática da conservação da Gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax Linnaeus 1758) em Portugal. Os trabalhos em curso, iniciados em 1986, a cargo do biólogo João Carlos Farinha, são de fundamental importância dado essa espécie ser relativamente rara no nosso país e estar em rápido declínio ao nível da Europa Ocidental, encontrando-se protegida pelas Directivas comunitárias 79/409/CEE e 85/411/CEE.

A Gralha-de-bico-vermelho
A Gralha-de-bico-vermelho pertence à ordem Passeriformes e à família Corvidae (sendo a relação entre o género Pyrrhocorax com os outros géneros da família Corvidae pouco clara). Os corvídeos são um grupo de aves de grande sucesso, numeroso e diversificado, tendo algumas espécies aproveitado as oportunidades criadas pelo homem (aumento das áreas de cultivo e urbanas, diminuição antropogénica de aves de rapina e outros predadores) para aumentarem as suas populações, podendo, por vezes, constituir verdadeiras pragas.
Na Europa, a família Corvidae está representada por doze espécies encontrando-se oito em Portugal, incluindo a Gralha-calva que pode ser observada no Inverno em algumas regiões do norte do país. Os corvídeos existentes em Portugal são o Gaio (Garrulus glandarius), Corvo (Corvus corax), Pega-azul (Cyanopica cyanus), Pega-rabilonga (Pica pica), Gralha-preta (Corvus corone), Gralha-de-nuca-cinzenta (Corvus monedula), Gralha-calva (Corvus frugilecus) e Gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax). Dentro das espécies de corvídeos que naturalmente podemos encontrar em Portugal, a Gralha-de-bico-vermelho distingue-se pelo seu bico vermelho, longo e curvo, característico das aves adultas (os juvenis apresentam o bico amarelo e mais curto), a plumagem é negra com reflexos azul-esverdeados e as patas vermelhas.

Gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax) adulta, em cativeiro (Trás-os-Montes) (Moncorvo @ J. C. Farinha, 1986).

Actualmente, segundo Varie (1959), a Gralha-de-bico-vermelho está representada por sete subespécies, com áreas geográficas definidas, podendo haver a sua coexistência em certas zonas, sendo a subespécie existente em Portugal a Pyrrhocorax pyrrhocorax erythrorhamphus Veillot. As variações que as subespécies apresentam envolvem diferenças pequenas no que diz respeito ao tamanho, proporções e brilho da plumagem. No nosso país, a Gralha-de-bico-vermelho mede cerca de 38 cm de comprimento no estado adulto. Gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax) jovenil, nas mãos de um dos investigadores da Divisão de Investigação e Estudos Ecológicos do Serviço Nacional de Parques, Reservas e Conservação da Natureza (PNSAC @ J. C. Farinha, s/d).

Os seus locais de alimentação são, regra geral, áreas de estrato herbáceo rasteiro, quer sejam sistemas agrícolas extensivos ou prados seminaturais ocupados pelo gado. Alimentam-se no solo utilizando o bico, longo e curvo, para escavar, virar pedras e remexer no interior dos excrementos de gado, sendo a sua dieta relativamente especializada: escaravelhos, gafanhotos, formigas, aranhas, etc., ingerindo por vezes sementes e grãos. Embora se alimente em bando, as gralhas-de-bico-vermelho são geralmente reprodutores solitários, que acasalam para toda a vida.
Durante a época de nidificação apenas os indivíduos não reprodutores utilizam os dormitórios comunitários. Os pares costumam nidificar por vezes a grande distância uns dos outros, utilizando para o efeito fendas, buracos e cavernas situadas em escarpas ou algares nas zonas cársicas; no entanto, quando não existem formações naturais, como as referidas, podem ocupar minas abandonadas, casas em ruínas, etc.
A construção do ninho demora cerca de duas semanas, sendo o seu início na segunda quinzena de Março. A Gralha-de-bico-vermelho põe entre três a cinco ovos, sendo o mais comum quatro, durando a incubação um pouco menos de três semanas. A partir de Abril, o macho inicia visitas, espaçadas de 20 a 60 minutos, ao ninho, para alimentar a fêmea ocupada com a incubação. No início de Maio ambos os elementos do casal podem ir para as áreas de alimentação regressando frequentemente ao ninho para prover as crias recém nascidas. As pequenas gralhas-de-bico-vermelho só começam a fazer as primeiras experiência de voo a partir do mês de Maio, acompanhando mais tarde os progenitores até às áreas de alimentação.

Distribuição geográfica
A Gralha-de-bico-vermelho está condicionada à existência de habitats adequados à sua alimentação e que permitam a sua nidificação. Na Europa, a sua distribuição está restringida a áreas costeiras e montanhosas; é observada em algumas ilhas escocesas, Irlanda, País de Gales, nas costas da Bretanha, no Maciço Central francês, Pirinéus, Alpes, nas penínsulas mediterrâneas (Ibéria, Itália e Grécia), ilhas de Creta, Sardenha e Sicília.
Nas Canárias ocorre somente na Gran Canária; aparecendo ainda no Norte de África, nas montanhas do Atlas (Marrocos e Argélia) e numa colónia isolada na Etiópia.
Na Ásia Central, a espécie para ser mais abundante e comum, encontrando-se em regiões em que as condições são semelhantes às existentes na Europa no último período glaciário, o Würm. A sua presença é contínua desde a Turquia, Cáucaso e Irão, através dos montes da Cordilheira de Elbruz até ao Afeganistão, passando pelo Turquestão até atingir os 53º N nas montanhas do Altai. Encontram-se também na Cordilheira dos Himalaias, montanhas da China e Manchúria, atingindo o Mar Amarelo.
No que diz respeito à sua distribuição em altitude a espécie em causa pode atingir, em certas regiões como nos Himalaias, cotas muito elevadas, nidificando entre os 2400 e os 3500 m, tendo sido descrita a sua presença no Monte Everest a, pelo menos, 6096 m.
Entre o Verão e o Inverno, em áreas elevadas de montanha, esta espécie ocorre em diversas altitudes podendo descer para níveis inferiores durante o Inverno; no entanto, é considerada uma espécie sedentária não se conhecendo verdadeiros movimentos migratórios, pelo menos na sua área de distribuição europeia. Nessa área de distribuição a Gralha-de-bico-vermelho encontra-se actualmente fragmentada, o que nem sempre se verificou como se demonstra pela área de ocorrência dos restos fósseis (segundo Guillou, 1981). No último período glaciário esta espécie ocupava a Europa Central e grande parte do Norte de África; no entanto, com a posterior desertificação do Sahara e o aparecimento de florestas na Europa, as populações de Gralha-de-bico-vermelho foram forçadas a refugiarem-se nas montanhas ou a permanecer em falésias marinhas.

A Gralha-de-bico-vermelho em Portugal
Entre 1986 e 1988, João Carlos Farinha estimou a população de gralhas-de-bico-vermelho, no nosso país, em cerca de 700 a 800 indivíduos; distribuídos por oito núcleos principais: Peneda-Gerês, Douro-Internacional, Serra da Estrela, Planalto de Idanha-a-Nova, Costa Sudoeste e Serras d’Aire e Candeeiros. Presentemente não se encontram verdadeiras colónias em Portugal, sendo a sua distribuição frgmentada e restrita, embora já tenha sido abundante, nomeadamente, em todo o Maciço Calcário Estremenho.
No nosso artigo iremos apenas referir as populações existentes na Costa Atlântica e no Maciço Calcário Estremenho devido à relativa importância das colónias aí existentes e da característica assaz importante de utilizarem algares para nidificação (pelo menos no maciço referido).
Na costa oeste portuguesa, a norte do Tejo, não se conhecem actualmente populações de Gralha-de-bico-vermelho, havendo apenas dois espécimes provenientes de Colares no Museu Bocage (da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) e observações passadas. Em 1924, Tait observou duas gralhas-de-bico-vermelho nas falésias da linha de costa entre Cascais e o Cabo da Roca e, em 1945, Coverley refere que um amigo avistou pares nidificando nas falésias marinhas da Praia da Adraga. Não se sabe se esses pares estariam relacionados com a gruta existente na dita praia.
Na costa sudoeste ou Vicentina, segundo Palma (1984), a espécie aparece localizada e pouco abundante, sendo observados ocasionalmente alguns casais ou pequenos grupos isolados ao longo da costa oeste até ao Cabo Sardão. Todos os ninhos dos casais cuja nidificação J. Carlos Farinha (1988) confirmou encontram-se em fendas, buracos ou cavernas situadas nos alcantilados costeiros.
A população actual de gralhas-de-bico-vermelho, na costa sudoeste, é de cerca de 40 indivíduos, no entanto registos passados apontam para muito maior presença dessa espécie na zona referida. Variados autores referem a existência de grande número de corvos no Cabo Sacro, cabo esse que passou a designar-se de S. Vicente na altura em os restos mortais desse santo, aí depositados, foram trasladados para a Sé de Lisboa. Não esqueçamos que a lenda em torno de S. Vicente nos diz que dois corvos o acompanharam, desde o referido cabo até à cidade de Lisboa, na caravela que transportou os seus restos mortais, daí resultam os corvos existentes na caravela do brasão dessa cidade.
Em 1872, Rey refere a abundância de gralhas-de-bico-vermelho num vale a oeste de Vila do Bispo, sugerindo a nidificação de cerca de 30 a 40 casais. Coverley (1945) diz-nos que essa espécie é relativamente comum no Cabo de S. Vicente e na vizinhança de Sagres, mas que não se conhece a sua presença muito para leste deste último local, sendo completamente ausente no Cabo Carvoeiro (Algarve). Esta última afirmação é contrária à de Tait (1924) que supunha que a nidificação da Gralha-de-bico-vermelho ocorresse também na faixa costeira sul. Não existem referências de observações da espécie no Barrocal algarvio, nomeadamente na parte oeste dessa sub-região, apesar da existência de numerosas cavernas e algares que podem sugerir a possível nidificação dessas aves (ex. Buraco do Corvo).
Apesar da costa sudoeste estar sob estatuto de Paisagem Protegida desde 1987, as populações de Gralha-de-bico-vermelho têm tendência para diminuir devido à grande afluência de turistas e pescadores, que em geral levam os carros até junto dos pesqueiros no topo das falésias marinhas. O diploma que criou a Paisagem Protegida do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina originou a criação de serviços oficiais com a finalidade de zelarem pela conservação da natureza e gerirem os recursos naturais da respectiva área. No entanto, consta que aqueles serviços governamentais não possuem instalações em Sagres, em Vila do Bispo ou em qualquer outra localidade dos concelhos abrangidos pela Costa Vicentina, ficando-nos a dúvida de até que ponto essa protecção/conservação será efectiva.
No Maciço Calcário Estremenho encontram-se colónias de gralhas-de-bico-vermelho ou referências às mesmas na Serra de Sicó e Alvaiázere, Serra de Montejunto e Serras d’Aire e Candeeiros.
Nas serras de Sicó e Alvaiázere confirmou-se a sua presença há alguns anos atrás, quando essas aves utilizavam os algares para nidificarem, sendo actualmente inexistentes nessa zona.
Na Serra de Montejunto ocorre ocasionalmente, tendo-se verificado a sua nidificação em algares até há pouco tempo; Tait (1924) refere também a sua nidificação nas ruínas do Convento da Serra.
As serras d’Aire e Candeeiros são um dos núcleos principais de nidificação da Gralha-de-bico-vermelho em Portugal, apesar de também aí esta espécie ter vindo a sofrer um acentuado declínio nos últimos anos. A sua nidificação ocorre predominantemente em algares, onde essas aves desfrutam de um microclima favorável à sua reprodução e encontram protecção contra todo o tipo de “predadores”, excepto o homem. Os algares funcionam como incubadoras naturais onde a temperatura e a humidade relativa se poderão considerar constantes, em torno de valores óptimos. A testemunhar a importância da Gralha-de-bico-vermelho nas serras d’Aire e Candeeiros e a sua relação com o s algares temos uma série de cavidades naturais desse tipo com nomes indubitavelmente ligados a essas aves: Algar das Gralhas 1, Algar da Gralhas 3, Algar das Gralhas, etc.

Gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax), adulta, sobre um lapiás da Serra dos Candeeiros, junto ao algar designado pelos investigadores por 0024 (PNSAC @ J. C. Farinha, 1988).

As características troglófilas da Gralha-de-bico-vermelho, ou seja, a sua tendência natural de utilização de grutas e algares para nidificação/reprodução, fazem dela uma das poucas espécies de aves com esse comportamento. Os trabalhos efectuados pelo biólogo J. Carlos Farinha com o apoio da Divisão e Quadros do Parque Nacional das Serras d’Aire e Candeeiros na zona em causa, permitiram detectar cerca de 20 ninhos, não devendo a população total ultrapassar em muito a centena de indivíduos; sendo de registar a descoberta no Algar da Malhada de Dentro de 15 indivíduos sub-fósseis, conservados por depósitos calcíticos, a cerca de 65 m de profundidade.

Sub-fóssil de Gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax), conservado em depósitos calcíticos, no Algar da Malhada de Dentro (Serra de Aire), a cerca de 65 metros de profundidade (Malhada de Dentro @ J. C. Farinha, 1988).

Da análise das colónias desta ave nas serras d’Aire e Candeeiros fica-nos a apreensão, face ao impacte ambiental que a construção da recente auto-estrada que atravessa esse Parque Natural, terá sobre as suas frágeis populações.

Diminuição das populações
Ao lermos as referências acerca da Gralha-de-bico-vermelho, no nosso país, constatamos a diminuição rápida da espécie, de uns anos a esta parte, e a sua actual raridade e dispersão.
As causas que têm contribuído para a diminuição das populações desta ave são várias e complexas, no entanto enumeramos cinco que pela sua importância são incontestavelmente determinantes desse decréscimo:
1) A progressiva mecanização do espaço rural com o consequente aumento da área agrícola, utilizando-se para esse efeito terrenos que até então foram exclusivamente para a pastagem do gado. Na ausência da pastorícia tradicional, a cobertura vegetal desenvolve-se rapidamente impendindo ou dificultando as gralhas-de-bico-vermelho de prospectrem devidamente o solo, no qual se alimentam de insectos.
2) O turismo, com a sua actividade de “transumância” de pessoas, é responsável pela perturbação dos locais de reprodução e alimentação da espécie em causa, o que assume partícula gravidade, sobretudo na Costa Sudoeste. No período de reprodução, as gralhas adultas procuram o alimento relativamente perto do ninho; se a presença de pessoas e veículos for frequente, pode forçá-las a procurar alimento em áreas mais afastadas e mesmo desfavoráveis. O número de vezes que a fêmea incuba ou as crias são alimentadas pode ser, então, substancialmente reduzido, conduzindo ao abandono do ninho por parte do casal.
3) O abate de gralhas-de-bico-vermelho por parte dos agricultores. Durante a maior parte do ano essas aves reúnem-se em bandos juntamente com outrs espécies, por exemplo a Gralha-de-nuca-cinzenta (Corvus monedula) que causa, por vezes, prejuízos à agricultura. Os agricultores raramente distinguem as duas espécies, acabando assim por abater um número considerável de gralhas-de-bico-vermelho. Além disso, associadas com a morte e a desgraça, devido à cor escura da maioria dos corvídeos, essas aves têm sido muito perseguidas pelo homem.

Bando misto de corvídeos, Gralha-de-bico-vermelho (Pyrrhocorax pyrrhocorax) e Gralha-de-nuca-cinzenta (Corvus monedula), em área de alimentação (@ J. C. Farinha).

4) A captura de gralhas-de-bico-vermelho para fins ornamentais, devido essencialmente ao seu elevado desenvolvimento psíquico e rara beleza.
5) A prática de certas actividades de ar livre, como a espeleologia e o montanhismo, em áreas ocupadas pelas gralhas-de-bico-vermelho (locais de nidificação ou dormitórios), podem levar ao abandono das posturas pelos casais e forçarem a sua deslocação para zonas menos favoráveis.

Protecção/Conservação
Se queremos manter em Portugal os actuais níveis populacionais da Gralha-de-bico-vermelho e as suas áreas de distribuição, existe uma necessidade premente de se encontrarem soluções para conciliar os requisitos de habitat com as causas focadas anteriormente, responsáveis pela sua diminuição. Em especial no respeitante às fortes motivações económicas geralmente associadas às modernas actividades agrícolas do espaço comunitário.
A existência de áreas de pastoreio pouco intensivo é o elemento primordial para a conservação da Gralha-de-bico-vermelho; as pequenas manchas de cultivo, de restolho, rotações prolongadas para pastagem, pousios e “áreas inúteis” (como terrenos pedregosos, áreas não cultivadas e existência de formigueiros nas pastagens) são os locais de alimentação dessas aves.
Todas as características do sistema de pastoreio pouco intensivo se perdem com a intensificação e modernização da agricultura.
O governo e as organizações da área ambiental devem reconhecer a Gralha-de-bico-vermelho como indicadora de “ambiente de alta qualidade”, sendo necessário definir, especialmente nas áreas costeiras e montanhosas onde a espécie habita, prioridades e integrar os requisitos dessas aves na sua actividade de ordenamento do território nacional. Dando grande atenção ao ordenamento da actividade de pastorícia; localização das estradas de acesso ao público, de acordo com os locais de nidificação, dormitórios e áreas de alimentação; e acesso a grutas e algares ocupados pela Gralha-de-bico-vermelho.
Os trabalhos em curso na Divisão de Investigação e Estudo Ecológicos do Serviço de Parques, Reservas e Conservação da Natureza, coordenados por J. Carlos Farinha, em que se está a fazer um estudo detalhado da espécie, censo da população e estimativa dos efectivos reprodutores, análise da causas de declínio e aconselhamento especializado a planos de ordenamento em curso, permitirão elaborar um plano de conservação e protecção da Gralha-de-bico-vermelho. Plano esse de extrema necessidade porque urge agir face à diminuição da populações dessa ave, no nosso território, sob pena da espécie se extinguir.

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