

As cerimónias mais sagradas das tribos que habitam os pueblos têm lugar nos kivas, as câmaras subterrâneas, ou parcialmente subterrâneas, também chamadas "ventres" por grande parte do povo pueblo. Entra-se na kiva descendo por uma escada que passa por um buraco no tecto e, depois da cerimónia, sai-se da kiva subindo para a mesma abertura, a mesma sipapu, voltando a experimentar - e renovando - a emergência primordial ao sair do mundo subterrâneo - tocas, cavernas, canhões, pequenas depressões do solo e até pedras - são consideradas sipapu pelos povos pueblo, e recordam-lhes assim a sua origem debaixo do chão que agora os sustenta. Deste modo, a experiência individual do nascimento é relacionada com a emergência colectiva da vida de debaixo do chão. Similarmente, a morte dos homens, para os povos orais, é não somente um acontecimento pessoal, mas também uma transformação para reentrar na terra, um processo pelo qual a sensibilidade individual se abre para fora indo ao encontro do campo de sensações envolvente e mais-do-que-humano." (Abram, 2007; p. 224-225)
"Assim, nas palavras de Hehaka Sapa, ou Alce Negro, dos Sioux Oglala:
Tudo o que o Poder do Mundo faz é feito em círculo. ... O Vento, o seu maior poder, rodopia. As aves fazem os ninhos em círculos, porque a religião delas é a mesma que a nossa. O Sol nasce e põe-se em círculo. A Lua faz o mesmo, e ambos são redondos. ... Até as estações formam um grande círculo na sua mudança e voltam sempre mais uma vez para onde estavam. A vida do homem é um círculo de infância a infância e é assim em todas as coisas em que a energia se move. ..." (Adam, 2007; p. 190)

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