A Portaria nº 1245/2009, de 13 de Outubro, que "define as taxas devidas pelos actos e serviços prestados pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB)", está a levantar uma enorme contestação no que concerne ao Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG). Por exemplo, no tocante ao canyoning, cada vez que se queira descer um rio deve-se pedir autorização para tal e a mesma custará a módica quantia de 200 euros! Que grande negócio, não é? Eureka! E assim se descobre a pretensa galinha, ou melhor a franga, dos ovos de ouro para financiar uma Área Protegida! Brilhante :) Brilhante não é a ideia mas sim os supostos ovos, entenda-se.
Como tão bem ironizou Eça de Queirós, na obra A Cidade e as Serras (cuja leitura recomendo vivamente), para fazer algo é necessário possuir meios: “(…), os quatro Elementos: o ar, a água, a terra e o dinheiro. Com estes quatro elementos, facilmente se faz uma grande lavoura.” Ora o PNPG é bastante rico em ar, água e terra, pelos vistos só falta mesmo é o dinheiro para poderem fazer a sua “lavoura”. Ora, o que se está a passar poderá indiciar uma escatologia: para uns do fim dos tempos, tendo em conta a perversidade das medidas, para outros algo de indefinido mas cujo odor remete para excrementos. E, nesse pressuposto, quem mexe na m… suja-se.E depois ainda acham estranho que pensemos que os "burocratas do ambiente" agem de má fé (ou em acto de desespero!) perante os praticantes de actividades de ar livre.Voltaremos, em breve, ao assunto.
(in blogue Ilinx, 17 de Novembro de 2009)
15/12/2009
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