08/04/2009

Mastodontes eólicos

As torres eólicas e a paisagem

Com a complacência esperada, pois tratava-se de uma energia limpa, alternativa, renovável, as torres eólicas foram surgindo gradualmente no alto dos montes, em locais praticamente inacessíveis. Os ecologistas terão manifestado o seu agrado, os governantes apregoaram o apoio, os proprietários dos terrenos fizeram o seu negócio, a EDP beneficiou e diminuiu a importação. Os consumidores em geral não retiraram qualquer proveito. Os mastodontes multiplicaram-se e destruíram a paisagem portuguesa. Basta! É tempo de começar a desmantelá-los. Portugal parece um país quixotesco e irreal de Teletubbies.

J. Leitão Baptista (revistas “Evasões” e “Volta ao Mundo”) in Global (Ano 2, nº 367, 6/Abr. 2009)

Serra de Candeeiros © Pedro Cuiça (2008)
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Não subscrevo por inteiro as afirmações proferidas mas, aliás, como já não constitui novidade para ninguém, não deixo de questionar a forma como se tem processado a instalação dos aerogeradores, tão em voga no nosso país, e o impacte inegável dos mesmos, nomeadamente no que concerne à paisagem.
No que se refere ao quixotesco da questão não posso estar mais em desacordo. Se o Dom Quixote de La Mancha, ou alguém com tendências realmente quixotescas, andasse por terras lusas certamente já teria atacado essas mostruosas ventoinhas...

2 comentários:

Jorge Nogueira disse...

Pois...
Mas que vamos fazer?
Vemos "nuetros hermanos" uns contentes e outros nem por isso... Tal como cá!

O Dinheiro move eólicas...

Abraço

Pedro Cuiça disse...

Essa é boa :) De facto, não há dúvidas que o dinheiro move eólicas.
Abraço