07/07/2011
06/07/2011
Outras Artes...


Not for sail...

07/05/2010
Temos algo de Neandertal



Segundo os estudos genéticos efectuados em materiais osteológicos, recolhidos numa caverna na Croácia, cerca de 1 a 4% do DNA das populações actuais terá sido herdado dos neandertais. A evidência de reprodução entre as duas espécies foi encontrada graças ao primeiro “esboço” do genoma neandertal, onde se identificou 60% do código genético da espécie extinta. O genoma neandertal foi obtido a partir de materiais osteológicos com cerca de 40.000 anos, encontrados numa caverna na Croácia.
09/04/2010
Nova espécie de hominídeo

«Qui, 08 Abr, 01h35
WASHINGTON, EUA (AFP) - Dois esqueletos parcialmente fossilizados de uma espécie de hominídeo, com quase dois milhões de anos, foram descobertos na África do Sul, levantando o véu sobre uma nova etapa da evolução humana, segundo trabalhos divulgados nesta quinta-feira pela revista americana Science.
A nova espécie de hominídeo foi batizada de 'Australopithecus sediba'. Dois espécimes - uma mulher adulta e um homem jovem - com uma idade estimada entre 1,95 e 1,78 milhão de anos foram encontrados perto um do outro, em 2008, em boas condições de conservação numa caverna situada a 40 km de Johannesburgo.
"Estes fósseis nos dão um olhar extraordinariamente detalhado a um novo capítulo da evolução humana e abrem uma janela paa um período crítico, quando os hominídeos fizeram a mudança da dependência na vida nas árvores à vida no solo", disse Lee Berger, principal autor do artigo.
Eles caminhavam eretos e compartilhavam vários traços das primeiras espécies conhecidas de 'Homo sapiens', com braços longos como os símios, e mãos curtas e fortes, o que poderá ajudar a responder a alguns questionamentos científicos, enfatizaram os pesquisadores.
Tinham pélvis evoluídas, dentes pequenos e pernas longas que permitiam que corressem como um homem. Também é provável que fossem capazes de subir em árvores.
"O 'Australopithecus sediba' parece apresentar um mosaico de características que apontam para um animal que vivia confortavelmente nos dois mundos", disse Berger, paleo-antropólogo da Universidade de Witwatersrand, em Johnnesburgo.
Os dois espécimes tinham cerca de 1,27 metro de altura. A fêmea pesava 33 quilos e o jovem macho, cuja idade é estimada em 10 anos, 27 kg.
As espécies tinham cérebros pequenos, de tamanho correspondente a um terço o volume do dos homens modernos.
Mas Berger destacou, durante coletiva de imprensa por telefone, que o formato de seus cérebros parece ter evoluído com relação ao de outras espécies de australopitecos.
A nova espécie tinha muitas características físicas similares às dos primeiros hominídeos, o que ajudaria a explicar o que significa ser um humano, afirmou.
A estrutura do esqueleto dos dois fósseis é similar à das primeiras espécies de 'homos', mas os novos exemplares parecem tê-lo empregado da mesma forma que "Lucy," que talvez seja o mais famoso fóssil de hominídeo. Encontrada em 1974, Lucy tinha 3,2 milhões de anos e foi considerada o ancestral comum da humanidade até a descoberta de "Ardi" (Ardipithecus ramidus), com 4,4 milhões de anos, que aponta para um ancestral comum com o chimpanzé.
Berger disse não ser possível estabelecer a posição "precisa" da nova espécie com relação aos primeiros homens.
"Podemos concluir que esta nova espécie partilha mais características derivadas dos primeiros 'homos' do que qualquer outra espécie de australopiteco, e por isso representa um candidato a ancestral para o gênero...", afirmou.
O local da descoberta é rico em fósseis e pelo menos outros dois espécimes de sediba foram retirados da terra e estão sendo analisados, disse Berger. Os cientistas também identificaram os fósseis de pelo menos 25 outras espécies de animais, incluindo uma hiena, um cão selvagem, antílopes e um cavalo.»
16/03/2010
Quem a viu?

Quem a viu e quem a vê? Referimo-nos à Franga dos Ovos d’Ouro, isto porque já foi publicada a tão aguardada portaria que veio em substituição da abortada Portaria nº 1245/2009, de 13 de Outubro. Quase diríamos que a galinha se transformou rapidamente em franga para, finalmente, se transmutar numa espécie de pomba da paz.
A Portaria nº 1397/2009, de 4 de Dezembro, determinou “a suspensão da produção de efeitos da Portaria nº 1245/2009”, que definia as taxas devidas pelos actos e serviços prestados pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), pelo prazo de três meses. Não havia dúvida alguma: a “coisa” era (gritantemente) muito má…
E como o prometido é devido, aí está a Portaria nº 138-A/2010, de 4 de Março, para repor, ou pelo menos tentar repor, a normalidade dos factos! Apesar desta última já ter alguns dias, não nos apressámos a divulgá-la pela simples razão de que não constitui nenhuma surpresa. Bem pelo contrário, trata-se daquilo que tínhamos previsto em estilo “grande ângulo”: tornou-se o articulado algo mais objectivo, diminuíram-se os valores das taxas e isentaram-se das mesmas determinadas disposições e entidades. Sensato, não? Surpresa será a nova portaria que se prepara para cobrar pela frequentação das áreas classificadas, mas essa será uma estória para novas calendas. Mas nem essa será verdadeiramente surpresa pois tratar-se-á mais do mesmo... Qual será, dessa feita, o animal escolhido para pôr ovos?
Da Portaria nº 138-A/2010, de 4 de Março, salientamos, mais uma vez, o reconhecimento das “dúvidas e os equívocos suscitados quanto à sujeição de determinadas actividades ao pagamento de taxas pelos actos e serviços prestados pelo” ICNB, motivos que levaram à suspensão da polémica Portaria nº 1245/2009, de 13 de Outubro. Salientamos também a “exclusão do âmbito da presente portaria das taxas devidas pelo acesso e visita às áreas integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas, cuja cobrança visa contribuir para o financiamento da conservação da natureza e da biodiversidade e para regular o impacte d presença humana em áreas particularmente sensíveis” (assunto a definir em portaria autónoma). É esperar para ver!
É igualmente importante salientar que ficam isentas do pagamento de taxa, entre outros, “os pedidos de autorização para a realização de actividades de lazer e educação ambiental apresentados por estabelecimentos de ensino e por pessoas colectivas de utilidade pública reconhecidas nos termos do Decreto-Lei nº 460/77, de 7 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 391/2007, de 13 de Dezembro”. Fica igualmente bem claro que ficam isentos “os pedidos de autorização para a realização de trabalhos de investigação científica e de monitorização com interesse para a conservação da natureza e da biodiversidade”. Por fim, as empresas de animação turística e os operadores marítimo-turísticos que tenham pago a correspondente taxa de registo prevista no artigo 16º do Decreto-Lei nº 108/2009, de 15 de Maio, também estão isentas.
Bom, e quais são afinal as circunstâncias abrangidas pela presente portaria? São os actos e serviços constantes na tabela anexa à dita. Declarações, pareceres, informações ou autorizações referentes ao uso, ocupação ou transformação do solo no âmbito agrícola, florestal ou silvopastoril; bem como pedidos referentes a edificações para residência própria e permanente ou outras edificações, abertura de novas vias de comunicação e alargamento das existentes, ou outros empreendimentos… Realização de actos de registo e/ou emissão de documentos; certidões, fotocópias certificadas e certidões de documentos; fornecimento de dados georreferenciados e cartografia; fornecimento de dados estatísticos; e, por fim, prestações de outros serviços não previstos. Pelo exposto acima ficará claro que actividades de ar livre efectuadas por indivíduos ou grupos de amigos não serão sujeitas a quaisquer tipos de taxações com base na presente portaria. Resta saber o que nos irá trazer a portaria autónoma na qual se irão definir as taxas devidas pelo acesso e visita às áreas integradas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas, e cuja cobrança visará contribuir para o financiamento da conservação da natureza e da biodiversidade e para regular o impacte da presença humana em áreas particularmente sensíveis. Não constitui também surpresa para nós esta questão do financiamento, afinal era o objectivo da franga. Ou não era?
15/03/2010
O Luciano das Ratas

Luciano recolheu "objectos valiosos" e matou ratazanas nos esgotos da Baixa lisboeta, onde entrava durante a maré baixa, durante mais de duas décadas. Este explorador, hoje um ilustre desconhecido, foi na sua época digno de diversas notícias de jornal devido à sua insólita e subterrânea actividade.
O texto de apoio à exposição revela algo mais sobre esse "apanhador de ratas": "Personagem conhecida por entrar nos canos de esgoto da capital, com o intuito de “recolher alguns objectos preciosos” que ali iam parar (graças à distracção dos moradores das casas mais próximas), e por matar as ratazanas das canalizações. Em 1879 Luciano das Ratas é já mencionado pela imprensa, destacando-se aí a sua estranha actividade. Em 1899 e em 1900 surgem novas referências, o que permite aferir que esta actividade foi por ele mantida ao longo de 20 anos. Por volta de 1903, segundo referências da época, foi proibido de continuar a entrar nos esgotos da cidade. Directamente relacionado com as questões do abastecimento de água, o saneamento foi, até à década de 70 do séc. XIX, um verdadeiro problema público. Não existiam então serviços de salubridade organizados de forma a colmatar a falta de limpeza das ruas e era manifestamente insuficiente a rede de esgotos existente. Em toda a cidade, com excepção da zona da “Baixa”, área que contava já com um sistema de saneamento, com o caneiro implantado durante a Reconstrução Pombalina, os despejos eram feitos directamente para a rua, através do conhecido aviso “Água vai!”."
Na exposição em causa poderá consultar diversos artigos de jornal acerca do Luciano das Ratas e ver um interessante gasómetro utilizado pelos serviços municipais de Lisboa; para além de diversa e interessante informação, pinturas e outros objectos referentes às outras destacadas figuras. A exposição "Lisboa tem histórias" pode ser vista no Museu da Cidade até ao dia 31 de Março de terça a domingo, das 10 às 13 e das 14 às 18 horas, e a entrada é gratuita. Para mais informações consulte o Museu da Cidade através do e-mail museudacidade@cm-lisboa.pt
ou do telefone 217 513 200.