tag:blogger.com,1999:blog-70627863313668687162024-02-19T07:19:27.321+00:00SpelaionUm blogue sobre espeleosofia
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A blog about speleosophyUnknownnoreply@blogger.comBlogger411125tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-49359010745612113592017-01-23T09:30:00.002+00:002017-01-23T09:31:12.536+00:00About Neanderthals<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><b>A cave in France changes what we thought we knew <a href="http://bigthink.com/robby-berman/a-cave-in-france-changes-what-we-thought-we-knew-about-neanderthals?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=Echobox#link_time=1485030294">about Neanderthals</a>...</b></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><br /></b></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://bigthink.com/robby-berman/a-cave-in-france-changes-what-we-thought-we-knew-about-neanderthals?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=Echobox#link_time=1485030294"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuoNWZ_wNyfwNxEYBjt1Q8pRQ2rqVdpC_ke31EY7rMfFNAUU9Xs95zIQL6KGosIsiVQUAj5uklf9fTl8cTRroiLorE4PQqbv_YomtEtvcQfeZkTq4Y0IagPLGaxvy0zy0PKItWHNA4MMU/s400/Structure.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><br /></b></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-36057273615315711992015-04-24T16:07:00.000+01:002015-04-25T15:52:48.417+01:00Quem sabe?<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Não <b>sei</b> se <b>será</b> por <b>ser</b> Abril, e vésperas de dia 25, mas ocorreu-me escrever algo neste blogue! Afinal tenho inteira liberdade de o fazer, pelo menos por enquanto... Depois de mais de um ano de interregno, voltámos, portanto, a postar neste espaço <i>underground </i>:)</span></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">O fenómeno da (aparente) ausência de expressão, pelo menos neste ambiente virtual, remonta à altura em que este espaço, de certo modo subterrâneo, passou a <b>ser</b> assumidamente o único blogue a nível mundial dedicado à espeleo-sofia. Nem mais! Foi, aliás, nessa altura quando passámos a compreender, de forma inteiramente oposta àquela que pensávamos anteriormente, o chavão "<i>há que conhecer para proteger</i>", no que concerne à conservação/protecção da natureza e, nesse contexto, dos ambientes subterrâneos em geral e dos endocársicos em particular. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Terá <b>sido</b> preciso passar mais de uma década a "pregar aos peixinhos" para perceber que a divulgação do meio subterrâneo e da necessidade da sua protecção, a par de diversos alertas concretos sobre a destruição de várias grutas, de pouco ou nada serviu? </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">[</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Mais nada do que pouco, aliás!</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">] Essa questão ou constatação, verdade seja dita, pouco ou nada importa na sequência dos eventos espeleosóficos subsequentes... </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Por outro lado, e só por isso a nossa postura já se justificaria, a mudança de paradigma <b>foi</b> só <i>per si</i>, a seu modo, bastante refrescante ;-)</span></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">A natureza subterrânea não precisará, portanto, de <b>ser </b>conhecida para <b>ser</b> protegida. A melhor protecção, muitas das vezes, passa pelo simples facto/acto de não incrementar a atracção por esses espaços de escuridão profunda, não ir, não fazer, deixar estar (ao que poderíamos acrescentar "ao Deus dará"). A ignorância do "mundo subterrâneo" evitará certamente visitas perfeitamente dispensáveis e mesmo indesejáveis que só irão contribuir para a profanação desses espaços sagrados.... Se andei um ano a meditar para chegar ou expressar tão brilhante conclusão? Quem sabe?! </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;">Quem sabe por onde andei ou deixei de andar? Ou o que é que isso possa interessar para o caso?! Se estive nas grutas ou as grutas em mim? Quem sabe, se por estas e por outras, só para o ano (ou antes ou depois?) é que voltarei a postar nesta "chafarica virtual" dando continuidade a este entretenimento espeleosófico? Quem sabe?</span> </span></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNnfyRWI_yGRIc6kdb6t5UyG3tEBLvU_69U-XKxVFWVfTUvZOgtQTkKR1opq-ykuLWCXyrYFXtFAYTfTDOrJVcgqSGF_9TQHfWoz8oZ9yBTV2xt6IP8FVmJhHICWkDHCa5ewf0EHwivlc/s1600/technology-caveman-digital_entertainment-shadows-caves-puppets-dre0307_low.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNnfyRWI_yGRIc6kdb6t5UyG3tEBLvU_69U-XKxVFWVfTUvZOgtQTkKR1opq-ykuLWCXyrYFXtFAYTfTDOrJVcgqSGF_9TQHfWoz8oZ9yBTV2xt6IP8FVmJhHICWkDHCa5ewf0EHwivlc/s1600/technology-caveman-digital_entertainment-shadows-caves-puppets-dre0307_low.jpg" height="400" width="285" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-72485783033211700182013-11-28T15:29:00.004+00:002013-11-28T15:29:47.816+00:00WORKSHOP<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.gem.pt/joomla/index.php/actividades/a-espeleologia/noticias-espeleo"><img border="0" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAyky3hFtNboBBIJQ26E08fylyKQMyROcbMRSGUC6fp2jV6LMatP_J5CNWBaBo3bJBLzfNCaxt1I30XcsDahrMDi5lbpezII3-9xUpwdZ2ppp7igJPWWooTQilD3q_Ove-JTYc-NEYCZs/s400/safe_image.jpg" width="400" /></a></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-62396296851596904002013-11-25T16:27:00.000+00:002013-11-25T16:27:52.334+00:00Monsanto Subterrâneo<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5jaPQlUz1ZOCeXjsg-gA49j570M444CuKFOCs52J8WedS0CEc9xuvn30f-dLncH_1wgHhPSrQcx87Wfgi5yAoxfRd74menfOjTROX_4yawPx8H4h3ReK3XP9xmAyoeVDsR7Sk0rcUgtE/s1600/image001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5jaPQlUz1ZOCeXjsg-gA49j570M444CuKFOCs52J8WedS0CEc9xuvn30f-dLncH_1wgHhPSrQcx87Wfgi5yAoxfRd74menfOjTROX_4yawPx8H4h3ReK3XP9xmAyoeVDsR7Sk0rcUgtE/s400/image001.jpg" width="281" /></a></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-33116508955851491262013-04-30T17:50:00.003+01:002013-05-02T10:52:32.915+01:00O CASO<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8UhvoHfUsvvyysXaLBD5VFvFgAvMMnrDgtgByvxru7ycvnDMEQMvIpDKzoUT4PgWqesWh-nioNCIkHv0yhhYmV_spprpGTWMTXkhA16Xdaf87BvDHFlaQmFAJqCA3lrCUL9wPqUJsq9o/s1600/the+case.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8UhvoHfUsvvyysXaLBD5VFvFgAvMMnrDgtgByvxru7ycvnDMEQMvIpDKzoUT4PgWqesWh-nioNCIkHv0yhhYmV_spprpGTWMTXkhA16Xdaf87BvDHFlaQmFAJqCA3lrCUL9wPqUJsq9o/s200/the+case.jpg" width="174" /></a></div>
<span style="font-size: 13.5pt;">Há alguns dias fui confrontado com a questão: qual a diferença
entre espeleólogos e exploradores de cavernas? Em língua inglesa essa
dissemelhança expressa-se sob diferentes designações, "<i>speleologists</i>"
e "<i>spelunkers</i>", mas em português tal não acontece... Seria útil
avançar com uma diferenciação do género "espeleólogos" e
"buraqueiros"? Óbvio é que o assunto não se presta a consensos
fáceis e, nesse pressuposto, fácil será tal matéria gerar polémica(s) q.b. ou
resultar num "caso bicudo"!…</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Foi precisamente
ao deambular na Internet em torno dessa temática, numa semana marcada pela
corrida ao "O Buraco", que dei de caras com "<a href="http://xa.yimg.com/kq/groups/22758048/1279594390/name/O+Caso+dos+Exploradores+de+Cavernas.pdf"><b><i>O Caso dos Exploradores de Cavernas</i></b></a>"! Trata-se de uma história fictícia que, não
resolvendo o “caso” que originou a aludida busca, resultou numa interessante
leitura que recomendo vivamente. De resto, deixo a pretensa polémica para quem
pretenda teorizar sobre tão interessante e promissor assunto ;-)<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEievXO_vlA4nDahTErxXRu2v76DicI4sC812yCnMlyd1IPFWMDlYOZhkAVuF8xwEunmdDb4e84NAS3PbkxQCUZLP18_T2kj2MbT_7H0Sw2GqYsA-RUoKTV0Lgl2TJWlWQTMVVKXtfdUY94/s1600/spelunking_1280x854.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEievXO_vlA4nDahTErxXRu2v76DicI4sC812yCnMlyd1IPFWMDlYOZhkAVuF8xwEunmdDb4e84NAS3PbkxQCUZLP18_T2kj2MbT_7H0Sw2GqYsA-RUoKTV0Lgl2TJWlWQTMVVKXtfdUY94/s640/spelunking_1280x854.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span>
<span style="font-size: 13.5pt;"><i>P.S.</i> (2/05/2013): Tendo em conta que a versão em "português" anteriormente disponibilizada não será a melhor, fica aqui um <i>link</i> de acesso à versão inglesa: <i><b><a href="http://law.psu.edu/_file/TheCaseOfTheSpelunceanExplorers.pdf">The case of the speluncean explorers</a></b></i> (1949). E, já agora, mais alguns "considerandos" acerca do assunto trazido à colação: <i><b><a href="http://digitalcommons.law.yale.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=4813&context=fss_papers">The Case of the Speluncean Explorers: Twentieth-Century Statutory Interpretation in a Nutshell </a></b></i>(1993) e <b><i><a href="http://scholarlycommons.law.northwestern.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1097&context=facultyworkingpapers">The Speluncean Explorers: Further Proceedings</a></i></b> (2010).</span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-84047234723848536432013-04-30T16:04:00.000+01:002013-04-30T16:04:02.025+01:00JCKS April 2013<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://caves.org/pub/journal/Journal_of_Cave_and_Karst_Studies_volume_75.htm"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIatXqvyzwi9Me231jwnaTsvzCqc4JMn_Du9dNd2uQlkf0tYEEEmHcXZ04hZfd7K44Up2m4D12Aey6EmnvK-Ep_n1877BmpKgR-4TBdhErfJNlt6YOmJHdfjTN9o88HjfufjWlPg-_HmQ/s400/315494_465521073528815_1487595135_n.png" width="306" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-27487300525512672022013-04-22T12:00:00.000+01:002013-04-22T12:00:10.349+01:00DIA DA TERRAHoje comemora-se o Dia da Terra...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijiYYWWdcIAMzJlUqf3QQy_S8Iwkqz6TXIaWH5m15wmzYcd4A9FfMuo2tMq58EYk_1tOWJh7mWIS1qOvBvX3VxmNaztMr25t2_-8ugV6mTw-u02NUXeI7nxVYSDaLmRsqFDsinJNtwslk/s1600/imagem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijiYYWWdcIAMzJlUqf3QQy_S8Iwkqz6TXIaWH5m15wmzYcd4A9FfMuo2tMq58EYk_1tOWJh7mWIS1qOvBvX3VxmNaztMr25t2_-8ugV6mTw-u02NUXeI7nxVYSDaLmRsqFDsinJNtwslk/s400/imagem.jpg" width="400" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-75744865926614005382013-04-18T11:59:00.001+01:002013-04-18T14:24:53.872+01:00PATRIMÓNIO IDENTITÁRIO<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.patrimoniocultural.gov.pt/dims2013/" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj0gGyj01qIaR49l9bpISCcMMOaI4cyNeN_CMqYXDmccUqXIyv0RCKrVv2rBqGrGtyQ37pWK-mbSrt5PUc1HNundgB_khaAsQsBXjXS4Lw7hl0iNQxa3NfF_XhJ7VvYpoyMSASNaT50t0/s320/532946_4943866509620_1936645972_n.jpg" width="226" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Hoje comemora-se o <b><a href="http://www.publico.pt/cultura/noticia/o-dia-internacional-dos-monumentos-celebrase-com-visitas-gratuitas-e-programas-especiais-1591599">Dia Internacional dos Monumentos e Sítios</a></b>. O Conselho
Internacional dos Monumentos e Sítios elegeu como tema de celebração, para
2013, o <b>Património da Educação</b>,
tendo em atenção o vastíssimo legado, relacionado com a aprendizagem e o
conhecimento, que encontra a sua materialização em inúmeros elementos e
conjuntos patrimoniais de diferentes tipologias e valor, espalhados um pouco por
todo o país.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A Direcção-Geral
do Património, à semelhança das edições anteriores, apresenta uma programação
que inclui um conjunto de actividades subordinadas ao tema <b>PATRIMÓNIO +
EDUCAÇÃO = IDENTIDADE</b>, dentro do espírito de que o futuro depende muito do reforço
das identidades e de que a educação, e os seus diferentes patrimónios que
plasmam o conhecimento, são contributos insubstituíveis para esse fim.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Num dia como o de
hoje gostaria de salientar as ameaças à geodiversidade no que concerne às
cavidades subterrâneas do concelho de Lisboa, dando uma particular ênfase aos
aspectos socio-históricos, mormente no tocante ao <a href="http://espelaion.blogspot.pt/2012/11/grutas-de-lisboa-ii.html"><b>trogloditismo</b></a> e ao <a href="http://espelaion.blogspot.pt/2012/11/grutas-de-lisboa-iii.html"><b>culto das grutas</b></a>. O esquecimento e o ostracismo a que o património é frequentemente
votado, como é o caso das cavidades do concelho de Lisboa, resulta muitas vezes
da ausência de iniciativas educativas adequadas. Nesse âmbito, a sensibilização
ambiental, a interpretação ambiental, a educação ambiental e a educação para a
sustentabilidade adquirem uma especial relevância, nomeadamente no que respeita ao
património geológico em geral e ao geo-espeleólógico em particular.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Este será também
um dia para apelar à implementação de medidas efectivas de geoconservação, sobretudo num contexto educativo que
pretenda preservar a história e as tradições locais. A criação de um centro de
interpretação no Geomonumento do Rio Seco e/ou de um percurso pedestre temático
que ligasse este geossítio, às Furnas de Monsanto e/ou ao Complexo Subterrâneo
da Furna do Rasto serão apenas dois exemplos entre outras possíveis
iniciativas.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: large; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Este será
certamente um dia adequado para revelar mais uma faceta histórica de Lisboa,
que envolve as “famosas” Furnas de Monsanto, recordando o trabalho do
jornalista Mário Domingues que, sob o pseudónimo de Joaquim Vadio, escreveu, em
1930, acerca da pobreza que se vivia na capital. Para tal recorremos ao texto
da autoria de Gonçalo Pereira publicado, no passado dia 7 de Abril no blogue
<a href="http://ecosferaportuguesa.blogspot.pt/2013/04/oito-dias-na-vida-do-jornalista.html"><b>Ecosfera</b></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://ecosferaportuguesa.blogspot.pt/2013/04/oito-dias-na-vida-do-jornalista.html"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3B2PeVOE6_LobYE0ixjrc9-UzKJ22eCRHtMeVz3xSx6LZNwZK9haYZJvR52iSTW24OAH2nuhmRcB7kyIkh8dNbrQyfs17Ywgoo0Kj2WTJ2UdLNmTS2OsRbz0bZ0OQ7KjARDa-0Mv8jjY/s640/furnasmonsanto.jpg" width="450" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: xx-small; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><i>Notícias Ilustrado</i>, 23 de Março de 1930 (reproduzido a partir do arquivo da Hemeroteca Digital)</span><br />
<div>
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-9604531501539045622013-04-17T14:51:00.000+01:002013-04-17T14:53:13.117+01:00GRUTA DO ESCOURAL 50 anos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.cm-montemornovo.pt/pt/conteudos/noticias/Comemoracao%20dos%2050%20anos%20da%20descoberta%20da%20Gruta%20do.htm"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyYEvEpmCM3wAAoG_aeNs-RNbZZpOqOEp3_fkKsFxgeYrRrwc96vi-g5rR-Ws65s0pFnFryzHmJRyjMZRiLXcF_pl1dgNQ4KD9UfwEbcBAXjGYXlusYp0oiVeJwm56bEAB9KB2vXJnN6k/s640/644519_365010876951733_1406818769_n.jpg" width="451" /></a></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-38989387214249522962013-04-16T11:02:00.001+01:002013-04-16T11:03:43.431+01:00Uma alegoria da CAVERNA<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/69F7GhASOdM" width="560"></iframe><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-62279713892646109102013-04-15T16:51:00.001+01:002013-04-16T20:44:10.053+01:00Muito obrigado, "O BURACO"...<div style="text-align: justify;">
A corrida continua e tem sido alvo dos <i>media</i> e de ampla cobertura através de fotografias, filmes e outras formas de documentar o grande acontecimento da Espeleo-Primavera de 2013, <i>i.e.</i> a primeira descida ao "O BURACO"!... Um desafio, diria mesmo um certo frenesim, propiciado certamente pelas características da época, dada a rituais de fertilidade, e que denotará alguma fixação em torno do mito, curiosamente bem enraizado, do "desvirginjar" de cavidades, montanhas ou tudo aquilo em que se possa dizer e/ou pensar: eu fui o primeiro!! Ao estilo conquistador, explorador ou outros epitetos igualmente trágico-cómicos!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
Para além do interesse científico (reconhecido sob o "chapéu de chuva" de alguma Universidade), que é invariavelmente avançado como justificativo de explorações, por esse motivo tão imperiosas quanto urgentes, ainda para mais em cavidades acabadinhas de surgir/descobrir, subjaz invariavelmente a componente desportiva tantas vezes menorizada e que agora volta a adquirir um papel principal...</div>
<div style="text-align: justify;">
A nós, comuns mortais que simplesmente assistimos ao desenrolar de (parte dos) acontecimentos, resta-nos tão somente agradecer ao "O BURACO" pelo entusiasmo primaveril que atingiu o cerne da espeleologia portuguesa e, à falta de resultados científicos, admirar-nos com os desempenhos técnicos com que somos brindados... Portanto, haja buracos! Muitos, muitos buracos mesmo!</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/RfVTtp2fKUg" width="420"></iframe><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/pGsODrNxn1c" width="420"></iframe><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
P.S. (16/04/2013): Depois das primeiras descidas ao "O BURACO" já existem mais algumas (poucas) <a href="http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=103983"><b><span style="font-size: large;">novidades</span></b></a> acerca do mesmo. As expectativas estão de certo modo a ser goradas, tendo em conta que a profundidade do dito "encolheu" para mais de metade, foi detectada água corrente com mais de dois metros de profundidade, mas até agora nada de ouro ou sequer um bicharoco cavernícola para amostra! Lá está, "tudo normal em Queluz ocidental": rocha, água e escuridão! De resto, "ainda a procissão vai no adro": quando o nível freático descer, em pleno Estio, logo saberemos o desenvolvimento subterrâneo da cavidade (tal como outros preciosos indicadores); se esta comunica com a Cova da Moura, se se estende até à Arrábida ou se estabelece ligação directa à Nova Zelândia. Por agora, pelas reacções do pessoal, deve haver algum receio (aliás, fundado) de que "O BURACO" ainda estará algo instável e, por isso, sujeito a eventuais abatimentos; ou, quem sabe, algum "meduço", ao estilo de <b><a href="http://espelaion.blogspot.pt/2012/10/the-thing.html">The Thing</a> </b>ou de <b><a href="http://www.youtube.com/watch?v=l5I1q4KhKNU">The Descent</a></b>, face ao que a escuridão poderá esconder!</div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-7440008838814046112013-04-12T11:31:00.004+01:002013-04-12T11:33:16.553+01:00Oi!...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS5EltRUlcBo8xLA8GOScChqb3tdlYdK9l6s9OVzk0cvoEV_jgd1jNOuDx471DZPYxBDHhmzmoFA0wiSjmdY1LrXXYB7PLnRoQ213Bwrn1zLPjmZnMXgT47B-ofTYy0VH9Q6xb-jC8eso/s1600/bven792l.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS5EltRUlcBo8xLA8GOScChqb3tdlYdK9l6s9OVzk0cvoEV_jgd1jNOuDx471DZPYxBDHhmzmoFA0wiSjmdY1LrXXYB7PLnRoQ213Bwrn1zLPjmZnMXgT47B-ofTYy0VH9Q6xb-jC8eso/s400/bven792l.jpg" width="352" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-21972976424813826282013-04-12T08:47:00.004+01:002013-04-16T13:53:33.360+01:00A corrida ao "O BURACO"<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/MILClKeCVXc?list=UU4NjCBL3QQRmZHB_SsNnc-w" width="560"></iframe><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Nunca se sabe, assim como apareceu de um dia para o outro, poderá desaparecer repentinamente?! Aliás, tendo em conta que a profundidade do buraco, no espaço de dois ou três dias, passou de uma centena para menos de 50 metros, numa prova clara de que está a encolher, essa possibilidade não será de descartar. Após diversas especulações acerca da sua génese, agora a curiosidade centra-se no que estará lá dentro: certamente rocha, água e escuridão, provavelmente novas espécies de fauna cavernícola ansiosas por serem identificadas, há quem dita que poderá haver ouro e porque não "guingos" esses míticos duendes hipógeos que abrilhantam os espaços subterrâneos com os seus alegres cantares (neste caso concreto alentejanos). O buraco mais badalado nos últimos dias em Portugal está a atrair as atenções da população em geral e dos espeleólogos em particular. A "corrida ao buraco" já começou e a <a href="http://www.spe.pt/espeleologia/prospeccao-e-cadastro/351-exploracao-do-algar-do-monte-da-queijeira">SPE</a> vai na linha da frente...<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-13843060325423964822013-04-11T09:47:00.001+01:002013-04-11T11:12:34.595+01:00O BURACO - Última hora!<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCWw103cuv8xSd5SONpEFePlC7P44Ydq2cXRJk7Dz6n3NXiRWuzkHWdK6JKRXlMMEy8hPWwnkKIKYLQJT6o63Fy58LaIu2t5REjdofSJ-YsqhLfW860BA8Lg_rIW9lSLsZkUBuIPOb6oY/s1600/bURACO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCWw103cuv8xSd5SONpEFePlC7P44Ydq2cXRJk7Dz6n3NXiRWuzkHWdK6JKRXlMMEy8hPWwnkKIKYLQJT6o63Fy58LaIu2t5REjdofSJ-YsqhLfW860BA8Lg_rIW9lSLsZkUBuIPOb6oY/s400/bURACO.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-size: large;"></span>
<span style="font-size: large;">Afinal confirma-se que o <a href="http://imprensafalsa.blogs.sapo.pt/628009.html"><b>buraco</b></a> surgido inopinadamente, na semana passada, no concelho de Marvão não tem, de facto, origem extra-terrestre. As notícias de última hora "dão fé" de que, na verdade, este foi aberto não por marcianos mas, sim, escavado por portugueses! A razão de tão estranho acontecimento explica-se facilmente: após o chumbo do Tribunal Constitucional um grupo de empreendedores Lusitanos resolveu escapar deste torrão à beira-mar plantado e a fuga que levaram a cabo consistiu no escavar de um túnel rumo aos antípodas... Crê-se que, neste momento, já se encontrem na Nova Zelândia e todos já tenham arranjado emprego, mas tal ainda carece de confirmação.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A génese deste misterioso buraco poder-se-ia explicar com base na acção directa das águas subterrâneas, resultantes da intensa pluviosidade que se tem feito sentir nos últimos tempos, sobre as rochas carbonatadas da formação de Escusa. A importância dada aos característicos fenómenos de dissolução associados a essas litologias não se coaduna, contudo, com a realidade dos factos melhor explicados à luz de um modelo que dê relevância à acção mecânica e hidráulica das águas de escorrência subterrâneas, cujos caudais e turbulência aumentaram significativamente, dando origem a um algar de abatimento.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">As informações de última hora a que tivemos acesso confirmam, no entanto, que a "coisa" derivou não da acção directa da água sobre os vazios da rocha mas sim da actuação indirecta do designado "solvente universal" através dos vazios da (des)governação. O Governo meteu água ao elaborar o orçamento para o presente ano, o Tribunal Constitucional abriu a torneira e um grupo de portugueses "deu de fuga" antes que se molhasse. Este trata-se, portanto, de um típico derivado de buraco orçamental. </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Esta cacha jornalística não só veio repor a verdade dos factos, ao explicar este evento de forma cabal, como desmitificar a estranheza de tal fenómeno cuja explicação não necessita do recurso a intervenções extraterrestres ou a rebuscadas narrativas científicas. Não há nada como avançar com explicações a "talhe de foice" ou escalpelizar o real com base na navalha de Ockham: "<i>se em tudo o mais forem as várias explicações de um fenómeno, a mais simples é a melhor</i>" (William Ockham).</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8-46lNTt1N7bf6UOdLvQJyTpGCMTQmNxXdGV4PbmxnShM3LgQ8zoF2w0JCupdz0n92strMEusa_h4okZI6rouk6dkbh53xzbc4lZrloPF-Sl1gOoejZSWeM5xJPEpegB-lu-2CcUgtK0/s1600/image-1C07_5165368B.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8-46lNTt1N7bf6UOdLvQJyTpGCMTQmNxXdGV4PbmxnShM3LgQ8zoF2w0JCupdz0n92strMEusa_h4okZI6rouk6dkbh53xzbc4lZrloPF-Sl1gOoejZSWeM5xJPEpegB-lu-2CcUgtK0/s400/image-1C07_5165368B.jpg" width="400" /></a></div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-84859314196953145462013-04-10T14:14:00.001+01:002013-04-11T10:11:58.100+01:00O BURACO!...<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Já sabíamos que alguns geólogos se dedicavam ao estudo da
geologia planetária ou da planetologia mas reconhecemos que ignorávamos o seu
interesse pelo fenómeno OVNI (Objecto Voador Não Identificado)!... De qualquer modo ficámos muito mais
descansados ao saber que, segundo um geólogo português, o aparecimento de um
grande <a href="http://www.publico.pt/local/noticia/cratera-com-mais-de-cem-metros-de-profundidade-surgiu-repentinamente-numa-aldeia-de-marvao-1590585#/0"><b>buraco</b></a> com mais de 100 metros de profundidade na freguesia de Porto de
Espada (Marvão) “<i>não foi o resultado de uma actividade extraterrestre</i>”. A douta
opinião de um académico, mesmo que não se trate de um regente de cátedra,
deixa-nos a nós (o vulgo) ancorados numa posição mais tranquila face a
possíveis catástrofes de causa desconhecida, mormente quando tal pode ser
inclusivamente de origem extraterrena. Sim, poder-se-ia tratar de um meteorito
ou quiçá até de habitantes de outro planeta que não a Terra mas existem
explicações mais plausíveis para tão supostamente estranho acontecimento. “Será meteorito?
Será gente? Gente alienígena não é certamente e um meteorito não bate assim.” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Sendo certo que o Alentejo é uma área propícia à queda de
meteoritos – de que se destaca o do Alandroal – e até, diz quem sabe, de
fenómenos OVNI, este grande <a href="http://noticias.pt.msn.com/imagens/cratera-com-100-metros-de-profundidade-em-marv%C3%A3o-poder%C3%A1-ter-origem-no-excesso-de-%C3%A1gua-nos-solos-3"><b>buraco</b></a> agora descoberto será resultante da intensa
pluviosidade que se tem feito sentir… Será chuva, quase certamente. Segundo o
referido geólogo, esse estranho <a href="http://m.tvi24.iol.pt/videos/video/13841554/1"><b>buraco</b></a> de Marvão deveu-se a um “<i>excesso de água
no solo</i>”. Nada que suscite surpresa num país em que meter água é causa corrente de mais
ou menos gigantescos buracos, financeiros ou de outra índole, tão ou mais
estranhos do que o de Marvão e, por isso, considerados, por vezes, como
fenómenos do Entroncamento ou até inexplicáveis casos que exigem o recurso a argumetários
extra(terrestres), sobre(naturais) ou super(-heróicos). De resto, no tocante à
dimensão e, quem sabe, à morfologia do <b><a href="http://www.cm-marvao.pt/pt/lista-noticias/104-cratera">buraco</a></b>, de que já foram feitas
comparações com a Cova da Moura (muita cova da moura há por essas terras!), os
números e primeiras impressões variam segundo as fontes e, tendo em conta que
ainda ninguém penetrou no dito, estamos no mero domínio especulativo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">Vamos ter de aguardar pela primeira descida às profundezas desse<b> </b></span><b><a href="http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=72656">buraco</a></b><span style="line-height: 115%;"> para termos
acesso a dados mais fidedignos, diria mesmo mais terra-a-terra. Caso contrário,
abrir-se-á terreno, sob os nossos pés, para especulações que poderão conduzir a
conclusões ao estilo “grande ângulo”: vai na volta este buraco de Marvão tem
ligação à famosa </span><a href="http://www.novaera-alvorecer.net/misterios_serra_arrabida.htm" style="line-height: 115%;">gruta do Abade</a><span style="line-height: 115%;"> (Arrábida), que aloja uma cidade subterrânea e que se situa “paredes-meias” com uma base submarina de </span><span style="line-height: 18px;">aterragem</span></span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: large;"> de OVNIS! É caso para dizer “UFA” (entenda-se, o feminino de UFO – Unidentified
Flying Object – ou Abject?)!</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY06MpFoUo82GvJ6NsMx9Qgh33IxrXtnLBDAbXuUwSmZPZzaullHzpq4J0pN9BrZdjWN9vp6xaP4RMBtt3e4ZtnL-aO3ijIpE3f10xZlSwnR8iW68hAamn9X58LEuHbmtXmhruI-22WN0/s1600/5E3AEFDC471CE03346B032C3512494_h400_w598_m2_q90_cEoQTnlst.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY06MpFoUo82GvJ6NsMx9Qgh33IxrXtnLBDAbXuUwSmZPZzaullHzpq4J0pN9BrZdjWN9vp6xaP4RMBtt3e4ZtnL-aO3ijIpE3f10xZlSwnR8iW68hAamn9X58LEuHbmtXmhruI-22WN0/s400/5E3AEFDC471CE03346B032C3512494_h400_w598_m2_q90_cEoQTnlst.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-57498862372981816082013-04-10T10:01:00.001+01:002013-04-11T09:30:53.966+01:00O BURACO - Amilcar Silva, ESPELEÓLOGO :)<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/GKV8UskUWio" width="560"></iframe>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-83444122258695626572013-02-28T17:37:00.001+00:002013-02-28T17:39:53.652+00:00O ETERNO FEMININO<br />
<div class="MsoNormal">
Uma equipa de arqueólogos descobriu recentemente na gruta de
Hohle Fels (Alemanha) uma Vénus pré-histórica cuja bonita idade remonta no mínimo
a 35 mil anos. A <a href="http://paleorama.wordpress.com/2013/02/28/alemania-la-venus-de-hohle-fels-primer-sex-symbol-del-mundo-a-sus-35-000-anos/">Vénus de Hohle Fels</a> tratar-se-á da mais antiga estatueta
humana ou até da mais antiga representação de um ser humano de que se tem
conhecimento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://paleorama.wordpress.com/2013/02/28/alemania-la-venus-de-hohle-fels-primer-sex-symbol-del-mundo-a-sus-35-000-anos/"><img border="0" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjv8kJb_pseDfgIEX4BggWPIFHTxGuhU8f45PlqlBssPJJPVIgnP0yzUAuLD10fpJdgMGj_JnB54YpKDK6xKRMeMnOuT6AYqNnyw_zf8m3-NtjYtXhVqT9ZGxwqhrxgx84_8rEhV3_UoEg/s400/hohle-fels-simbolo-sexual-5216.jpg" width="400" /></a></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-18565362382263446632012-12-17T13:52:00.004+00:002013-05-02T21:24:07.205+01:00LISBOA CONTINUA...<div style="text-align: justify;">
Os trabalhos em torno das cavidades subterrâneas de Lisboa continuam. Aqui fica um agradecimento muito especial ao Vítor Amendoeira e ao pessoal do GEM.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9ZcBWSruXkc7m_k0fN6bim8kRhW7kH8Hu8-nVoMRdiL9AWapU3Gp6-U2KXIDTZFyPcj_qaq-x_JUr_oH6YdFmk5vFnI6j5H1DMQjVLlZd1hnouowUfIvIe_Wnb0ae0uW9PIg-Nxk3ByU/s1600/386000_180523672091305_1325875384_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9ZcBWSruXkc7m_k0fN6bim8kRhW7kH8Hu8-nVoMRdiL9AWapU3Gp6-U2KXIDTZFyPcj_qaq-x_JUr_oH6YdFmk5vFnI6j5H1DMQjVLlZd1hnouowUfIvIe_Wnb0ae0uW9PIg-Nxk3ByU/s640/386000_180523672091305_1325875384_n.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-size: x-small;">Foto: Mafalda Franco</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">--------</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
No dia 6 de Abril de 2013 participámos no Seminário "Produção e Consumo Sustentáveis: vertentes do desenvolvimento", organizado pela Universidade Aberta no Auditório do Sobreiro e da Cortiça (Coruche), no qual apresentámos a palestra "Ameaças à Geodiversidade - Cavidades Subterrâneas do Concelho de Lisboa", tal como parte dos resultados dos trabalhos preliminares desenvolvidos com o Grupo de Espeleologia e Montanhismo (GEM) naquilo que designámos por Complexo Subterrâneo da Furna do Rasto: fotografias dos trabalhos em curso, localização das entradas descobertas até agora e plantas topográficas de duas das cavidades aí existentes. Neste contexto, serve este pequeno <i>post </i>para agradecer ao pessoal que participou nos trabalhos realizados: Vítor Amendoeira, Marta Borges, Pedro Robalo, Paulo Rodrigues, Gonçalo Lobato, Ricardo Conceição, Sandra Lopes, Rui Braga, Mafalda Franco, Tiago Matias e Fortunato Videira.</div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm1ptL7iXjktxihvmZ65d1EpoOwfd-a4kpaJt3nN2NSmz3QyYJxmEldYLYiAcbMlC4Y1WpkORBl_NHy1mt9ARP93PxFQB5pJhF6mdaZBHjIIMqe5qlMymb6UC_Ev85dKE6r6RKqiGWkOA/s1600/coruche.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm1ptL7iXjktxihvmZ65d1EpoOwfd-a4kpaJt3nN2NSmz3QyYJxmEldYLYiAcbMlC4Y1WpkORBl_NHy1mt9ARP93PxFQB5pJhF6mdaZBHjIIMqe5qlMymb6UC_Ev85dKE6r6RKqiGWkOA/s400/coruche.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-size: xx-small;">Pedro Cuiça, Profª Dra. Filomena Amador e Marcos Mestre.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-8934675872654325532012-11-13T10:05:00.002+00:002012-11-13T10:34:25.637+00:00GRUTAS DE LISBOA (IV)<b style="text-align: justify;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Toponímia</span></b><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 110%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; line-height: 110%;">A filologia clássica explica a origem dos
topónimos pela evolução da escrita e pelas suas significações actuais. No
entanto, muitos dos nomes de sítios são de origem oral e bastante antiga, foram
ditos e transmitidos de viva voz muito antes de terem passado à escrita: na
melhor das hipóteses foram escritos nas crónicas medievais e, para a maior
parte, com a organização dos registos prediais (século XIX) e a cartografia
(século XX). Portanto, entre a nomeação do sítio e a passagem do nome à escrita
podem ter-se passado três ou cinco milénios (ESPÍRITO SANTO, 2004)! Daí que os
nomes dos locais possam ter sofrido diversas transformações correspondentes a
tão dilatado intervalo de tempo, mudando inclusivamente de semântica. No entanto,
o significado dos nomes dos sítios são geralmente bastante estáveis e
duradouros, tal como as sociedades que os utilizam, e de certo modo
dificilmente substituíveis porque são referências indispensáveis à vida
quotidiana. Atendesse, por exemplo, como o poder pombalino “baptizou” a Praça
do Comércio lisboeta e esta ainda continua ser chamada vulgarmente de “Terreiro
do Paço”, como a “desconhecida” praça D. Pedro IV, também em Lisboa, é por
todos conhecida como Rossio (<i>ibidem</i>). Os nomes eram e são as referências
insubstituíveis dos sítios, transmitidos pela memória colectiva de gerações
sucessivas, usados não só pelos naturais como pela gente das redondezas e pelos
“estranhos” aos lugares.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 110%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; line-height: 110%;">Os nomes foram atribuídos aos sítios pelos
habitantes locais e/ou vizinhos, em virtude das funções sociais ou das razões
geográficas que esses sítios evocam. Os topónimos são, portanto, tanto ou mais
estáveis do que os sítios que denominam. As mudanças de língua, de religião ou
de sistema político, podem acrescentar novos nomes, mas regra geral não
interferem na toponímia estabelecida. Há casos em que o nome mudou por via
administrativa (um certo Vale de Cães mudou para Vale dos Prazeres ou
Porcalhota passou para Amadora), mas trata-se de tendências recentes que só são
viáveis pela força da escrita e da burocracia do Estado (<i>ibidem</i>).<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">A perenidade dos nomes não impede, contudo, alguns arranjos fonéticos,
que são inevitáveis e até lógicos com a evolução milenar do linguajar. Esse
fenómeno pode ocorrer sob a forma de uma corrupção fonética propulsionada pela
proximidade semântica de um outro vocábulo, por exemplo o uso da palavra “<b>algarve</b>”
com o mesmo significado de “<b>algar</b>”, por sua vez proveniente do árabe </span><b><i><span style="line-height: 115%;">al-ĝār</span></i></b><span style="line-height: 115%;">: a
gruta. Abstraindo-nos dessas e de outras evoluções que os topónimos podem
sofrer, não restam dúvidas de que os nomes dos sítios são de primordial
importância para inferir as suas características geográficas “originais”, mesmo
quando estas já há muito foram profundamente alteradas ou até destruídas e, por
isso, esquecidas. Por estas e por outras razões, quando se procede a uma
prospecção de cavidades subterrâneas numa determinada área começa-se frequentemente
pelo estudo toponímico da mesma e, para tal, é costume recorrer-se a fontes
bibliográficas e cartográficas, tal como aos habitantes locais. Qualquer
espeleólogo sabe que os pastores são das melhores fontes de informação e que as
tascas são locais preferenciais para obter preciosos dados, mas nessas circunstâncias
é fundamental dominar a “gíria” local!<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; line-height: 115%;">Estácio da Veiga (1886) refere que “<i>sob a denominação de <b>caverna</b>
correm confundidos varios termos de equivalente significação, taes como <b>furna</b>,
<b>algar</b>, <b>gruta</b> e <b>lapa</b>, que todavia poderiam ser estremados
com restricção especial, tendo-se em apurada conta o sentido, mais popular que
litterario, com que a gente campesina emprega cada um d’esses vocabulos</i>”.
Esse autor salienta, ainda, que “<i>não é tão nomeada a <b>gruta</b> como são a
<b>furna</b> e o <b>algar</b>, e contudo os habitantes do campo sabem
distinguila, aplicando o termo a certas cavidades de limitadas dimensões, que
podem ser utilisadas para abrigo de gados e pastores</i>”.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; line-height: 115%;">Segundo Ernest Fleury (1925): “<i>Nas regiões de grutas (…), o povo
distingue <b>lapas</b>, cavernas horisontais ou pouco inclinadas e <b>algares</b>
ou <b>algarves</b>, verdadeiros abismos ou poços profundos, mais ou menos
verticais. Conhece as designações de <b>gruta</b> e de <b>caverna</b>, mas não
as emprega na linguagem corrente, conforme diz o Prof. Leite de Vasconcellos,
substituindo-as pelos nomes de <b>cova</b>, <b>lapa</b> e até <b>mina</b>, que
nada significam ao certo. No Algarve, na Madeira e nos Açores, falam muito de <b>furnas</b>
mas com acepções diversas, parece, se bem que Estácio da Veiga tente contrapor <b>furnas</b>
e <b>algares</b>.</i><o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><i><span style="line-height: 115%;">Esta distinção popular de lapas e algares não deixa de ser exacta mas
nem sempre é aplicada e, além disso, é insuficiente. As lapas compreendem os
simples abrigos na rocha como também verdadeiras cavernas; os algares parecem
ser sobretudo cavidades de acesso difícil. Por outro lado, o povo em geral só
conhece as entradas das grutas e não é capaz de reconhecer a sua diversidade
morfológica.</span></i><span style="line-height: 115%;">”<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; line-height: 115%;">Esta confusão linguística no tocante à tipologia das cavidades de
pouco importa para o objectivo em causa que se trata, não nos podemos esquecer,
de pura e simplesmente descobrirmos as ditas. A estas denominações podemos
ainda acrescentar outras (muitas) mais: <b>abismo</b>, <b>algarão</b>, <b>algarinho</b>,
<b>algarocho</b>, <b>buraco</b>, <b>fojo</b>, <b>forjoco</b>, <b>fórna</b>, <b>furninha</b>,
<b>grota</b>, <b>grotão</b>, <b>grotião</b>, <b>grotilhão</b>, <b>gruna</b>, <b>grutião</b>,
<b>grutilhão</b>, <b>lapão</b>, <b>loca</b>, <b>lura</b>, <b>poço</b>, <b>socairo</b>,
<b>socavão</b>, <b>solapa</b>, <b>solapão</b>, <b>toca</b>, <i>etc.</i>. <b>Antro</b>,<b>
cavidade</b>, <b>covil</b>, <b>cripta</b>, <b>espelunca</b>, entre outros, são
termos eruditos que se poderão encontrar na literatura mas dificilmente entre
as gentes do campo e, curiosamente, também da cidade.</span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg7w6yEUSE5U8Md_S_M7H5xsYTvezaaB5RAD3exy9AteN_vIJX_L4IYNbRyEYTFWxhOArNemXL3FnY_uzjnBwnodsV5CXxQAGXTrwvOM0q4K48fQBfNugDkskPsuMreoDOJf-G8pGpAmc/s1600/topo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg7w6yEUSE5U8Md_S_M7H5xsYTvezaaB5RAD3exy9AteN_vIJX_L4IYNbRyEYTFWxhOArNemXL3FnY_uzjnBwnodsV5CXxQAGXTrwvOM0q4K48fQBfNugDkskPsuMreoDOJf-G8pGpAmc/s200/topo.jpg" width="200" /></span></a><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">Foi munidos desta
bagagem lexical que encetámos uma intensa busca bibliográfica e cartográfica,
tal como partimos à aventura de questionar os transeuntes que encontrámos em
“campo” (melhor seria dizer: na cidade!) sobre a existência de cavidades
subterrâneas. Foi também neste contexto que descobrimos diversas referências de
grande interesse. Algumas revelaram-se, é certo, ambíguas e dificilmente
relacionáveis com a existência de cavidades subterrâneas, como </span><b><span style="line-height: 115%;">Travessa
dos Algarves</span></b><span style="line-height: 115%;"> (Sta. Maria de Belém), ou comprovadamente sem
nada a ver com a tipologia de cavidades desejada, como a <b>Rua do Poço dos
Negros</b> (S. Catarina e S. Paulo). Outras apesar de promissoras revelaram-se
impossíveis de comprovar, como <b>Cova da Onça</b>: descobrimos dois desses
topónimos no concelho de Lisboa, um na freguesia de Carnide (<b>Azinhaga da
Cova da Onça</b>) e mais um na freguesia dos Prazeres.</span></span></div>
</div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF97d7j5I0WDuqUa2CgNwuuGvp3jdzhVs0yzH_JDvRI2ln7K9Sn8KojhPQGFQPvgStCciR9XeXrRnm3ijR1YnJaj4zvUXzhIgeM3rPphl-GJksyKrWWjBvxBHzN49IkIdsO9BpgyktoQ8/s1600/topoII.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF97d7j5I0WDuqUa2CgNwuuGvp3jdzhVs0yzH_JDvRI2ln7K9Sn8KojhPQGFQPvgStCciR9XeXrRnm3ijR1YnJaj4zvUXzhIgeM3rPphl-GJksyKrWWjBvxBHzN49IkIdsO9BpgyktoQ8/s200/topoII.jpg" width="200" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; line-height: 115%;">Outros exemplos similares são a <b>Rua da Lapa</b> e a própria
freguesia homónima (<b>Lapa</b>) onde esta se situa, a <b>Quinta das Furnas</b>,
o <b>Bairro Social da Quinta das Furnas</b> e a <b>Rua das Furnas</b> (S.
Domingos de Benfica), o <b>Páteo das Furnas</b> (Nª Sra. da Ajuda) e <b>Calçada
do Poço dos Mouros</b>, anteriormente designada <b>Estrada do Poço dos Mouros</b>
(Penha de França). Outras referências ainda, apesar de confirmadas formas
endocársicas, por diversas vicissitudes, deixaram de existir (porque foram
destruídas) como é o caso da <b>Cova da Moura</b> (Prazeres). Este topónimo
surge amplamente em diversa bibliografia, em cartografia e no terreno, sob
diversas formas: <b>Alto da Cova da Moura</b>; <b>Rua da Cova da Moura</b>; <b>Travessa
da Cova da Moura</b>; <b>Chafariz da Cova da Moura</b>; <b>Vale da Cova da
Moura</b>. Esta cavidade localizar-se-ia no Vale da Cova da Moura e terá sido
destruída, em 1947, durante a construção da Avenida Infante Santo, responsável
igualmente pela demolição do Aqueduto das Necessidades que, à data, conduzia água para os chafarizes de Campo de Ourique, da Estrela, da Praça de Armas e das Terras (SIPA, 2011).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; line-height: 18px;">Será de salientar que o topónimo "Cova da Moura", ou similares, surge amiudadas vezes em todo o território nacional associado a cavidades subterrâneas naturais e artificiais: Gruta dos Mouros ou da Ponte da Laje (Oeiras), Fojo dos Mouros (Colaride), Gruta da Cova da Moura (Torres Vedras), Casa da Moura (Cesareda), Casas dos Mouros (Colares), Cova dos Mouros (Alapraia), Algarão do Poço dos Mouros (Salir), <i>etc.</i>. </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">É largamente sabido que tudo aquilo que é de
proveniência remota (normalmente mais antigo do que a ocupação “árabe” da
Península Ibérica) é atribuído pelo povo aos mouros. Certamente menos
conhecido, e como exemplo de uma justaposição de significações encontradas na
variação fonética de um vocábulo, temos, associado ao protótipo da lenda
portuguesa da Moura Encantada – que é da cultura fenícia ou púnica –, o termo <i>mowrh</i>
</span><span style="line-height: 115%;">[</span><span style="line-height: 115%;"><i>mauora</i>
ou <i>mâuôra</i></span><span style="line-height: 115%;">]</span></span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: large;"> – com o significado de “cova, caverna”
(ESPÍRITO SANTO, 1989, 2004)</span>.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<br />
CUIÇA, Pedro - <b><i>Toponímia</i></b> in <i>Ameaças à Geodiversidade - Cavidades Subterrâneas do Concelho de Lisboa</i>. Lisboa: UA, 2012. pp. 24-27.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-66041724208720100842012-11-12T11:17:00.003+00:002012-11-12T13:07:54.372+00:00GRUTAS DE LISBOA (III)<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O culto das grutas</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Santuários rupestres, incontornáveis
da geografia do sagrado, as grutas surgem desde tempos imemoriais como redutos
naturais associados a cultos pagãos. Fenómeno retomado pelo cristianismo que se
apropriou de alguns desses espaços para aí implementar outra forma de culto.
Talvez o caso mais conhecido corresponda à <strong><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Gruta de Massabielle</span></strong>
(Pirenéus franceses) que, depois de alegadas aparições marianas atribuídas a
<a href="http://espelaion.blogspot.pt/2011/07/e-agora-lua.html">Conceição</a> (de "concepção"), passou a ser conhecida como "Gruta
de Nossa Senhora de Lourdes". Mas os exemplos são inúmeros e Portugal
também é pródigo em santuários cavernícolas: <strong><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Lapa de Santa</span></strong><b> <strong><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Margarida</span></strong></b>
(Setúbal), <strong><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Gruta
de Nossa Senhora da Luz</span></strong> (Rio Maior), <strong><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Capela de
Nossa Senhora da Estrela</span></strong> (Redinha), <strong><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Gruta de
Nossa Senhora do Tojo</span></strong> (Abrantes), <strong><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Gruta da
Capela da Memória</span></strong> (Nazaré) e <strong><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Gruta da Rocha</span></strong>
(Carnaxide), entre outras (CUIÇA, 2011).<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnezU1BNtpkJD-XG8tlzYSsrn9M2JgPKP1T3NGZTbArRgDyuyYkmwYLm8kF-SMNNxEpm8NDbfLPX1bLnjgYfjawI1P51Zyd3OmtKi8zpLoH90FbsEjpH_tgLfJOZaQSeCmaebPdF0UFK8/s1600/conce%C3%A7ao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnezU1BNtpkJD-XG8tlzYSsrn9M2JgPKP1T3NGZTbArRgDyuyYkmwYLm8kF-SMNNxEpm8NDbfLPX1bLnjgYfjawI1P51Zyd3OmtKi8zpLoH90FbsEjpH_tgLfJOZaQSeCmaebPdF0UFK8/s320/conce%C3%A7ao.jpg" width="240" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A <a href="http://espelaion.blogspot.pt/2011/07/concepcao-na.html">Gruta da Rocha </a>ou <a href="http://espelaion.blogspot.pt/2011/07/concepcao-na.html">Gruta da Senhora da Rocha</a>, como também é conhecida, merece uma menção especial por se localizar num
concelho limítrofe do de Lisboa e muito próximo, portanto, de um caso
semelhante identificado na área em estudo. Situada na margem direita da ribeira
do Jamor, no lugar do Casal da Rocha, esta abre-se em calcários do Cenomaniano superior,
à semelhança das cavidades naturais que ocorrem no concelho de Lisboa e, nesse
contexto, não se destaca das suas congéneres não fosse possuir uma história
algo curiosa que culminou na edificação de uma igreja cujo altar-mor se situa
precisamente sobre a mesma e que foi construída para acolher a imagem de Nossa
Senhora que aí foi descoberta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Hoje em dia continua a celebrar-se
missa nesse templo, realiza-se uma festividade anual e até existe uma Irmandade
da <a href="http://espelaion.blogspot.pt/2011/07/e-agora-lua.html">Nossa Senhora da Conceição da Rocha</a> mas poucos conhecem a existência de uma
gruta nas suas fundações e da lenda que deu origem a tudo isso<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A primeira referência a esta gruta
reporta-se à sua (re)descoberta, em 1822, e à estória que se seguiu ao suposto
achamento no seu interior de uma "<em><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">imagem de cerâmica envolta em pobre manto a delir-se de velhice e
humidade</span></em>": a Senhora da Conceição. Os eventos que se sucederam
levaram à construção do Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Rocha. Na
verdade, esta gruta já tinha sido descoberta há muito. Tal como tantas outras,
suas congéneres da Península de Lisboa, foi utilizada como necrópole e abrigo,
tendo sido encontrados ossos humanos e materiais pré-históricos (líticos e
cerâmicos) atribuídos aos períodos Neolítico, Calcolítico e Contemporâneo. Existem
também registos (que tivemos oportunidade de confirmar em parte) que dão conta
de sete abrigos/cavidades nas imediações da Gruta da Rocha onde também foram
recolhidos materiais pré-históricos e históricos (CUIÇA, 2011).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O destaque dado à Gruta da Rocha
deve-se ao facto de no sítio do Penedo ter ocorrido um fenómeno similar que
está na origem do nome da freguesia da Ajuda, inicialmente baptizada de Nossa
Senhora da Ajuda precisamente por esse motivo. </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Ao que consta, dois
pastores de cabras terão encontrado uma imagem de Nossa Senhora numa gruta, tendo sido depois construída
uma ermida para recolher essa imagem, a que se chamou inicialmente Nossa
Senhora Aparecida. As romagens à ermida começaram desde logo e, porque os
devotos diziam receber muitas graças, foi mudada a designação para Nossa
Senhora da Ajuda. A afluência atingiu tais proporções que surgiu a necessidade
de construir um local de culto de maiores dimensões que viria a ser a primitiva
igreja paroquial da Ajuda.</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">O
primeiro documento, de que temos conhecimento, e que refere a Igreja de Nossa
Senhora da Ajuda, data de 20 de Março de 1520 e trata-se do testamento do
fidalgo João de Meyra, feito antes de partir para a Índia, deixando os seus
bens à igreja (CONSIGLIERI <i>et al.</i>,
1996). A cavidade onde se terão despoletado estes eventos e da qual
desconhecemos o paradeiro é designada neste trabalho como “<b>Gruta da
Aparecida</b>”. A sua localização é atribuída, segundo uns autores, ao Largo da
Ajuda (JANEIRA & MASCARENHAS, 2008), mas outros referem outros sítios!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Sobre o culto associado a grutas é também de destacar a referência que
o insigne arqueólogo Leite de Vasconcelos faz, na sua obra <i>Religiões da Lusitânia</i> (1897), sobre a Freguesia da Lapa,
inicialmente denominada de “Nossa Senhora da Lapa". Esse facto, para além da referência
a que já fizemos alusão quando abordámos a toponímia, indicia que aí também
deveria ter havido uma gruta e, quem sabe, associada também ao culto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8MqpVhKcNnepnr3RRF2s__ZCGehOfV4I-2FpErZ_MxarC4sX75w1GCF_2Aad8GDiY5WHuWYpM6hizVcN2rBEgH2NJqFtvyk0d9yng7UR3kp96eB3jN9SGEEy5aMOmx-6VEAwCbR4MeqE/s1600/concecao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8MqpVhKcNnepnr3RRF2s__ZCGehOfV4I-2FpErZ_MxarC4sX75w1GCF_2Aad8GDiY5WHuWYpM6hizVcN2rBEgH2NJqFtvyk0d9yng7UR3kp96eB3jN9SGEEy5aMOmx-6VEAwCbR4MeqE/s640/concecao.jpg" width="480" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: x-small;">Gruta da Senhora da Rocha (Sítio do Casal da Rocha - Carnaxide) </span></span><span style="font-size: x-small;">(PC © 2012)</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Foto integrada no texto: Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Rocha (Sítio do Casal da Rocha - Carnaxide) </span><span style="font-size: x-small;">(PC © 2012)</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
CUIÇA, Pedro - <i><b>O Culto das Grutas</b></i> in <i>Ameaças à Geodiversidade - Cavidades Subterrâneas do Concelho de Lisboa</i>. Lisboa: UA, 2012. pp. 37-38.<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-72683313546635607972012-11-07T11:46:00.002+00:002012-11-13T15:26:56.892+00:00GRUTAS DE LISBOA (II)<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: x-large;"><b>O trogloditismo</b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Os abrigos sob rocha e as cavidades subterrâneas,
naturais ou semi-naturais, tal como artificiais, nas suas formas elementares,
constituem, sem dúvida, a tipologia mais remota, rústica e simples de habitação
humana, permanente ou estacional. É comum pensar-se que estes tugúrios foram
abandonados nos alvores das civilizações agrícolas e sedentárias, constituindo
essencialmente abrigos temporários, ou mesmo ocasionais, geralmente
relacionados com determinadas actividades como o pastoreio e a guarda dos
campos. Na verdade, continuaram a ser utilizados até hoje na península de
Lisboa, como abrigo ocasional ou, inclusivamente, como habitação. As <b>Grutas do Vale de Alcântara</b> e as <b>Furnas de Monsanto</b> são, nesse aspecto,
um excelente exemplo ao terem sido habitadas pelo menos até aos anos 60 do
século passado. Mas ainda existem grutas que servem de abrigo extemporâneo ou
temporário (ex. <b>Gruta do Aqueduto</b>)
ou, como no vizinho concelho de Oeiras, de habitação permanente. As <a href="http://espelaion.blogspot.pt/2009/03/viver-numa-caverna-v_04.html">cavidades da Quinta da Moura </a>(Oeiras) foram habitadas até ao ano de 2010, altura em que
os ocupantes fora “desalojados” devido às notícias televisivas que deram a
conhecer esses actuais exemplos de trogloditismo!</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Em certos casos e regiões, como na península de
Lisboa, os abrigos sobre rocha e as cavernas foram utilizados tal como se
encontram na natureza, sem quaisquer modificações ou arranjos, sendo por isso designados
de “abrigos naturais” <i>s.l.</i>. O engenho
do Homem foi responsável, contudo, apelo afeiçoamento de algumas dessas habitações
naturais através da introdução de melhoramentos, mais ou menos sumários, com
vista ao aumento ou mais perfeito resguardo do espaço abrigado, merecendo então
o nome de “abrigos semi-naturais”. Noutros casos, frequentes no concelho de
Lisboa e limítrofes, conhecem-se diversos exemplos de cavidades escavadas pelo
Homem, com o objectivo de servirem de habitação sendo, portanto, abrigos
artificiais. Estas intervenções, no domínio da designada “arquitectura
subterrânea”, aproveitaram as bancadas de rochas mais brandas do Cretácico para
escavar espaços habitacionais e/ou para armazenamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcNVANH2ZujCMsyBcpq4jm_4lFkPyfmt9ENcg_FSZD5VMKkYZyfTJ_8X9HFcYi_piJhzxBfFSngA4PXjT4PwgyfFspTxyuS2rzDCO1_u6z9UDVz7FwaYbYN0007pP15EqWGF3m3ibw-Fs/s1600/moura.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcNVANH2ZujCMsyBcpq4jm_4lFkPyfmt9ENcg_FSZD5VMKkYZyfTJ_8X9HFcYi_piJhzxBfFSngA4PXjT4PwgyfFspTxyuS2rzDCO1_u6z9UDVz7FwaYbYN0007pP15EqWGF3m3ibw-Fs/s400/moura.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj30eRvRAKXJk_lDXKnYGRlO53erMx0LMQG-fEA3wWg3ZIW8Z1qxocaFcrYVc_kD3vy-0zKHE_SygSNgHIq6rOauz2CgsLjx2Hcm5yNc_YSeAX-Py59wPHkquAdmrJkGgevEf3MTb7toLA/s1600/mouraII.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="272" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj30eRvRAKXJk_lDXKnYGRlO53erMx0LMQG-fEA3wWg3ZIW8Z1qxocaFcrYVc_kD3vy-0zKHE_SygSNgHIq6rOauz2CgsLjx2Hcm5yNc_YSeAX-Py59wPHkquAdmrJkGgevEf3MTb7toLA/s400/mouraII.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-size: x-small;"><span style="line-height: 115%;">Cavidade da Quinta da Moura
(Oeiras) em 2002 (em cima) e em 2012 (em baixo) </span>(PC © 2002, 2012)</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">As tão faladas </span><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">furnas</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">, <b>cavernas</b> ou <b>grutas da Rua
Maria Pia</b>, <b>de Alcântara</b> ou <b>do “Sertão”</b>, que foram alvo de numerosas notícias no Diário de Lisboa e no
Diário de Notícias, em Janeiro de 1938, constituem um bom exemplo de
trogloditismo. Ao contrário das notícias tão sensacionalistas quanto
incorrectas que foram veiculadas, comparando estas com Lascaux e adivinhando um
espólio arqueológico que nunca surgiu, estas cavidades são artificiais: um
claro exemplo de arquitectura subterrânea com fins habitacionais e/ou de
arrumação. A sua localização é, por vezes, confundida com outras ocorrências
situadas igualmente na margem esquerda do vale de Alcântara.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBfIQXrTdza4hoDhMseN_WCqSVex2vEgkg_wzqKJrs-Xak9n16GHrY8nDCMHoCD3ip6ep-eFUMJo34heOdoBSi114205CsKGn2CWJOhRnd88wkdpQS3TTXjvszCkf5ROPSR_cFfo1gDzE/s1600/sertao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBfIQXrTdza4hoDhMseN_WCqSVex2vEgkg_wzqKJrs-Xak9n16GHrY8nDCMHoCD3ip6ep-eFUMJo34heOdoBSi114205CsKGn2CWJOhRnd88wkdpQS3TTXjvszCkf5ROPSR_cFfo1gDzE/s400/sertao.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWeGDVeae_vtq_o85xL-dasZJE3Z2cQPbleHpMuhV_mO5OSRQjSfqBfF8WZypqo0dJe-qg2xl5HcMc-nU-LdxLvqxpw76t60g2SFaMuPAMLM6NnWa47ELZuM0QFEjt9AkkzVozBK_aoqU/s1600/sertaoII.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWeGDVeae_vtq_o85xL-dasZJE3Z2cQPbleHpMuhV_mO5OSRQjSfqBfF8WZypqo0dJe-qg2xl5HcMc-nU-LdxLvqxpw76t60g2SFaMuPAMLM6NnWa47ELZuM0QFEjt9AkkzVozBK_aoqU/s400/sertaoII.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="line-height: 115%;">Rua do Loureiro (em cima) e
afloramento onde se situam as Grutas do Sertão <o:p></o:p></span>(PC © 2012)</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_UXuFoMVRdhEUza6GLfljL6SkcKcEXv85aC1HlWMI_vgXkOZMaaHllwXtMEADN3BZ37-3nFQxwXUuPTosHFeyGBeHyxpEziJJkmeeUP7gL1QGV7bwJ68veUA23VBtD7wqx9I_woRm0EM/s1600/sertaoIII.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="393" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_UXuFoMVRdhEUza6GLfljL6SkcKcEXv85aC1HlWMI_vgXkOZMaaHllwXtMEADN3BZ37-3nFQxwXUuPTosHFeyGBeHyxpEziJJkmeeUP7gL1QGV7bwJ68veUA23VBtD7wqx9I_woRm0EM/s400/sertaoIII.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-size: x-small; line-height: 13px;">Grutas do Sertão ( </span><span style="font-size: x-small;">(DR </span><span style="font-size: x-small;">© adapt.</span><span style="font-size: x-small; line-height: 13px;"> DN nº 25854, de 28/Jan. 1938)</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12px; line-height: 13px;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">As referências sobre a utilização das grutas de Alcântara como
habitação são numerosas e também assinalam cavidades na margem direita do vale.
Há mesmo quem afirme que aí viviam, ainda nos anos 60 do século passado,
“imensas pessoas” (blogue “Rua dos Dias que Voam”, 21/Nov. 2004). </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Venância Ribeiro, uma mulher com mais de 70
anos que ainda em 2004 fazia fretes num mercado da cidade, contou que nos
primeiros tempos chovia na furna de Alcântara onde viveu até pelo menos aos 20
anos de idade: "<i>Acordávamos todos encharcados</i>" (</span><i style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">ibidem</i><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">As Furnas de Monsanto
também foram muito utilizadas como habitação. Segundo João Martins (comum. pessoal)
a primeira ocupação do Bairro da Liberdade “<i>está ligada à chegada de
migrantes para a recente industrialização do vale de Alcântara implicando a
fixação de população nesta zona de fronteira da cidade de Lisboa. É um conjunto
populacional que tem as suas origens na primeira década do século XX, com uma
ocupação precária de buracos na estrutura da inclinação da Serra do Monsanto,
as chamadas “grutas”</i>”. Em 1947,
ainda viviam pessoas nas furnas de Monsanto (Vieira, 2000).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A gruta de maiores
dimensões da Pedreira da Serafina (<b>Furna da Serafina V</b>), onde chegaram a
viver várias famílias, foi completamente atulhada e situava-se no
extremo sul da pedreira (Rui Marques, comum. pessoal). As outras cavidades,
situadas na base da escarpa dessa pedreira, e ainda visíveis, foram
parcialmente obstruídas com terra e blocos e contêm carros abandonados no interior
(<i>ibidem</i>).<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheU2Z-FgWfml1GD2P3FcRNxKtKpjP0029TEbTxOpboJQRVcnD6E6h_XLcWPDdSDxoQiVk9rYPUFc_Hr4jhW0pAJzuSzxgIWyDBWY5Ny_NikR7isf0vxXTMlSnk5FKUrK2BkCGaopRPp4k/s1600/serafina.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="205" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheU2Z-FgWfml1GD2P3FcRNxKtKpjP0029TEbTxOpboJQRVcnD6E6h_XLcWPDdSDxoQiVk9rYPUFc_Hr4jhW0pAJzuSzxgIWyDBWY5Ny_NikR7isf0vxXTMlSnk5FKUrK2BkCGaopRPp4k/s400/serafina.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKRBkcLPvFZeM5-28-lfd3KNpOaI0tFNEh5EmIqQkUTTV5icPMEGUPo8-Z0rP9KGrlttzyC5eKG_Am2Mmg7-sV3IOQtcaAeF6X1ZOp6NutcLXS4SVnm-wvPydK6MchDLy874IrIDtrsEo/s1600/serafinaII.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKRBkcLPvFZeM5-28-lfd3KNpOaI0tFNEh5EmIqQkUTTV5icPMEGUPo8-Z0rP9KGrlttzyC5eKG_Am2Mmg7-sV3IOQtcaAeF6X1ZOp6NutcLXS4SVnm-wvPydK6MchDLy874IrIDtrsEo/s400/serafinaII.jpg" width="375" /></a></div>
<span style="font-size: x-small; line-height: 115%;"><span style="line-height: 110%;">Monsanto I (em
cima) </span></span><span style="font-size: x-small;">(PC </span><span style="font-size: x-small;">© </span><span style="font-size: x-small;">2012) </span><span style="font-size: x-small; line-height: 110%;">e trogloditismo (1947), provavelmente nessa cavidade </span><span style="font-size: x-small; line-height: 110%;">(em baixo) (</span><i style="font-size: small; line-height: 110%;">in</i><span style="font-size: x-small; line-height: 110%;"> VIEIRA, 2000)</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A utilização das
grutas não se limitava a habitação permanente, também eram usadas de forma
esporádica nomeadamente por parte de criminosos e até como local de reuniões
clandestinas no período do Antigo Regime. Por esses e por outros motivos é que
grande parte das cavidades foram encerradas…<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmIBtzM2MNqAMY3l39Db7VuUWQYd3CCpzgJGu8kUTpMBdPHhoY_H6ioswOQL69X8AG644t888DbPOinfWO2I5W3koBRAC7PrljiQLo0hHKx638_GpAdlGktbPc8ddbvujIcB2Cy9NqldI/s1600/monsant.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmIBtzM2MNqAMY3l39Db7VuUWQYd3CCpzgJGu8kUTpMBdPHhoY_H6ioswOQL69X8AG644t888DbPOinfWO2I5W3koBRAC7PrljiQLo0hHKx638_GpAdlGktbPc8ddbvujIcB2Cy9NqldI/s400/monsant.png" width="285" /></a></div>
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: left;">CUIÇA, Pedro - <b><i>O Trogloditismo</i></b> <i>in</i> <b><i>Ameaças à Geodiversidade - Cavidades Subterrâneas do Concelho de Lisboa</i></b>. Lisboa: UA, 2012. pp. 33-36.</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-76507758572548548992012-11-06T11:18:00.000+00:002012-11-06T11:18:22.194+00:00GRUTAS DE LISBOA (I)<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No tocante ao <a href="http://espelaion.blogspot.pt/2012/04/pelo.html">apelo</a> “a
todos aqueles que tenham informações acerca de grutas no concelho de Lisboa”,
no âmbito de um trabalho universitário em que estive envolvido – <b>Ameaças à Geodiversidade – Cavidades subterrâneas
do Concelho de Lisboa</b> – aqui fica o agradecimento aos que de alguma forma responderam
ao dito. Devido à extensão do trabalho publico somente a introdução e as conclusões.
Nos próximos <i>posts</i> conto publicar também os conteúdos referentes ao
trogloditismo e ao “culto das grutas”, tal como as referências toponímicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">Introdução<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">21.978
a.C.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Saíram
e dirigiram-se a outra caverna.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Tens
muitos sítios, disse o rapaz.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Há
muitos caminhos debaixo da terra, respondeu o velho, mais que tu possas pensar.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">(…)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">1936<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Era um
dos temas em que </span></i></b><b><i><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-char-type: symbol; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-symbol-font-family: Symbol;">[</span></i></b><b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Aquilino Ribeiro</span></i></b><b><i><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-char-type: symbol; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-symbol-font-family: Symbol;">]</span></i></b><b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> meditava quando passeava pelas
terras da infância, de Sernancelhe à Lapa: que a rudeza pré-histórica não
desaparecera, mesmo nas maiores cidades como Lisboa; apenas ganhara outra
espécie de densidade. O mundo tornara-se hostil à presença do maravilhoso.
Longe deveriam ir os tempos em que andavam faunos pelos bosques.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">(…)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">1742
(Julho)<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Observaram
o local com atenção em busca dos sinais indicados pela Beata de Óbidos.
Contornaram com lentidão o sopé da montanha </span></i></b><b><i><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-char-type: symbol; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-symbol-font-family: Symbol;">[</span></i></b><b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Penha de França</span></i></b><b><i><span style="font-family: Symbol; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-char-type: symbol; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-symbol-font-family: Symbol;">]</span></i></b><b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> retirando os pedregulhos maiores do
caminho para avançar com as carretas e encontraram a entrada da gruta. O
franciscano olhou em volta e não viu vestígios de ocupação; nem ossos, cinzas
ou pegadas: o local estava abandonado há muitos anos. Inclinou-se para
espreitar e cheirou a humidade do interior da terra – musgo e poeira.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">(…) ‘Os
Mouros moraram aqui’, disse.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">David Soares
(2008) – <i>Lisboa Triunfante</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">A minha
Lisboa desenhava-se aos poucos como um articulado de pedras engendrado por
gente e cimentado por palavras, sobreposição à primeira vista anárquica de
expressões, gostos, vontades, sonhos e ambições, moldura irremediável da
vivência de quem vem depois e, claro, também, do olhar curioso de quem teima
perceber a trama complexa da evolução da cidade.<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">José Sarmento
de Matos (2008) – <i>A Invenção de Lisboa – Livro I: As Chegadas</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Um trabalho sobre
grutas no concelho de Lisboa pode parecer, à primeira vista, algo de absurdo
tendo em conta que num contexto citadino, onde grande parte do território se
encontra densamente urbanizado, seria difícil encontrar tais cavidades naturais
mesmo que estas já tenham existindo no passado. Esse intento não deixará igualmente de causar alguma estranheza tendo em conta que Lisboa se trata de uma
cidade várias vezes milenar, palco de diversas civilizações, alvo de
cataclismos tão dramáticos quanto o terramoto de 1755 e, não menos importante, na
qual não se ouve hoje falar de tais fenómenos!…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O meu interesse por
esta “desconhecida” temática surgiu, em 1985, com base na leitura de um artigo
da autoria de Octávio da Veiga-Ferreira – <i>Lisboa
há milhões de anos</i>: os homens pré-históricos estabeleceram-se com certeza
nas antigas grutas do Vale de Alcântara!… Desde essa altura, sempre que passo
nesse importante vale lisboeta lembro-me invariavelmente dos nossos ancestrais
pré-históricos e das grutas aí existentes. Memórias que despertam a magia de
outros tempos, nos quais esse vale seria certamente verdejante e no fundo do
qual até uma ribeira corria no seu natural percurso. Um marcado contraste com a
realidade actual em que o antigo curso de água corre encanado sob uma larga
avenida e o vale se encontra pejado de prédios, estradas, viadutos, um
caminho-de-ferro e até uma ETAR. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Enquanto o Vale de
Alcântara, ainda que profundamente descaracterizado, continuar a despertar
memórias de tempos ancestrais, enquanto persistir em ser um hino à lembrança de
outras épocas, não permitirá o esquecimento e, só por isso, funcionará, vezes
sem conta, como uma “máquina do tempo” proporcionando um eterno retorno às saudades
do futuro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRCTKCWk5azKAOUUDkNUMagHtawVGVeIa1XyP2mmkEyvszQxw1uujww1NQW9V1JO_e7uWfcfIj9Ol8vzepKr1onMlFjlRyAJdHVqwqkVWZFRc1r0mFHu7yYn44G3ycg0W0mIqhu3zkbms/s1600/alcantara.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="301" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRCTKCWk5azKAOUUDkNUMagHtawVGVeIa1XyP2mmkEyvszQxw1uujww1NQW9V1JO_e7uWfcfIj9Ol8vzepKr1onMlFjlRyAJdHVqwqkVWZFRc1r0mFHu7yYn44G3ycg0W0mIqhu3zkbms/s400/alcantara.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;">Vale de
Alcântara (PC </span><span style="font-family: Symbol; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-weight: bold; mso-char-type: symbol; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-symbol-font-family: Symbol;">ã</span><span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;">2012)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Conclusões<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Há grutas, melhor
seria dizer ainda há grutas, no concelho de Lisboa: os trabalhos de prospecção
permitiram localizar duas dezenas de cavidades. No entanto, a maior parte das
ocorrências confirmadas no terreno encontram-se bastante degradadas, total ou
parcialmente entulhadas e/ou funcionando como depósitos de resíduos de natureza
diversa. Por isso, o acesso às cavidades revela-se impossível, bastante difícil
ou até perigoso, não em termos da dificuldade técnica da progressão mas sim de
“saúde pública”, o que impede ou dificulta a sua caracterização, nomeadamente
no tocante ao seu desenvolvimento ou outros elementos de interesse. O trabalho levado
a cabo também revelou a confirmação de diversas grutas destruídas/desaparecidas
devido à urbanização das áreas onde se encontravam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A reabilitação da
Gruta do Rio Seco I, no âmbito da sua classificação como geomonumento, revela a
importância dada à preservação da geodiversidade e augura o surgimento de uma
nova mentalidade no que concerne à tomada de consciência acerca dos valores
intrínsecos associados à geologia em geral e às cavidades subterrâneas em
particular. A adequada dinamização desse geomonumento constituirá certamente um
exemplo a seguir e funcionará como estímulo à recuperação de outras cavidades.
A preservação da Furna do Rasto deve ser tida em conta, dado que se trata da
única cavidade existente no concelho relativamente bem conservada, para além de
possuir um desenvolvimento considerável e comportar diversos elementos de valor
inegável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O trogloditismo e o
“culto das grutas” surgem como valores acrescentados no âmbito das mais
recentes definições de geodiversidade, enfrentando como manifesta ameaça o
esquecimento.<o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-88133773888034135622012-11-05T16:21:00.002+00:002012-11-05T21:57:39.079+00:00OUTRA VEZ A LUA?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzV6LyNcAgZO1tqkDavaJs5l8HBE3E4I1-2W2NK8TisHmMZVekUDJVVSiXD96AYjKeo3ZGU676nNgTRhzsaNluLSyzHzdzRpEVSnaWhdqeFuoaXB1I6KQFjhb16po6rj9pBBdfHcvRg-k/s1600/Lua-Linda-Diniz-Sena-+(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzV6LyNcAgZO1tqkDavaJs5l8HBE3E4I1-2W2NK8TisHmMZVekUDJVVSiXD96AYjKeo3ZGU676nNgTRhzsaNluLSyzHzdzRpEVSnaWhdqeFuoaXB1I6KQFjhb16po6rj9pBBdfHcvRg-k/s400/Lua-Linda-Diniz-Sena-+(1).jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: large; line-height: 150%;">Acabo
de chegar da minha terceira viagem às Canárias. Da primeira vez tratou-se de
uma visita, se assim se poderá dizer, com uma importante componente
espeleológica: tive oportunidade de conhecer alguns <a href="http://espelaion.blogspot.pt/2009/02/cueva-del-viento.html">túneis vulcânicos</a> em
Tenerife e El Hierro. Esta foi, sem dúvida, uma visita tão inesquecível quanto marcante
sob vários níveis… E certamente não terá sido por conhecer os “<i>perritos calientes con papas locas</i>”!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: large; line-height: 150%;">Da
segunda vez o “assunto” que me conduziu a esse arquipélago foi o pedestrianismo:
participei numas Jornadas de Senderismo em que, numa “escapadela”, acabei por
subir até ao cume do Teide, juntamente com dois companheiros espanhóis, numa
noite memorável (e, na descida, visitei a Cueva del Hielo)… Escusado será dizer
que após essa “directa” cheguei a horas de participar nos trabalhos das
Jornadas aparentemente como se nada se tivesse passado :) Curiosamente, nessa
ocasião, também regressei a El Hierro onde fiz um percurso impressionante pelo
desnível vencido e pela beleza da paisagem. Foi no final dessa segunda “visita”
que recebi a notícia marcante da morte de um companheiro nos Himalaias…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: large; line-height: 150%;">Desta
feita, a terceira, o motivo pelo qual estive nas Canárias voltou a ser o
pedestrianismo. Invariavelmente fiquei “preso” à visão do Teide e recorrentemente,
quer nas deslocações em veículos motorizados quer nos passeios a pé, percorri a
paisagem com o olhar atraído pelos inúmeros “buracos” que aí se encontram… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: large; line-height: 150%;">O
motivo pelo qual escrevo este <i>post</i> centra-se no facto de, após um certo “desconforto”
ou “inadaptação” face à desordenada ocupação urbanística de Tenerife e de um
modo geral à “modernidade”, pelo menos era essa a explicação que encontrava
para o “sentir” das outras vezes (!), me ter “reconciliado” ou “focado” no
espaço e no tempo! Na verdade, descobri uma nova forma de vivenciar o espaço, assente
no presente, mas sentindo ou procurando sentir o passado, com base nos numerosos
testemunhos… guanches e, claro, nos quais as cuevas ocupam um lugar
preponderante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: large; line-height: 150%;">Já
durante a primeira visita tinha comprado um livro acerca das pinturas rupestres
em cavidades artificiais, mas foi somente durante esta última que descobri e, sobretudo,
senti a intensa e multifacetada presença do espírito guanche. Desde logo na
rica toponímia local, mas não só… Foi desta feita que descobri a Tara – a
grande mãe ou deusa da Terra –, o panteísmo ou animismo desse povo que expressava um culto
ao ar livre fortemente ligado a grutas, montanhas, fontes, “pedras espirituais”
ou “rochas animadas”. Tais <a href="http://espelaion.blogspot.pt/2011/07/e-agora-lua.html">concepções</a> não resultaram do facto de estar uma
<a href="http://espelaion.blogspot.pt/2011/07/e-agora-lua.html">lua-cheia</a> fascinante ou de se comemorar o Samhain, a festa do ano velho e o
começo do novo, ou até de se celebrar o começo do Inverno, numa fronteira entre
mundos, mas certamente terá ajudado...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">Esta
terceira viagem fechou um ciclo mas abriu, sem dúvida, um outro. Esta que foi
uma viagem essencialmente no <i>self</i> – nas profundezas do ser – terá, assim espero,
tradução sob a forma de futuras aventuras no terreno em busca desse espírito da
Terra só agora aflorado… Um caminho que levará, mais uma vez, ao alto de montanhas e às
profundezas de grutas.</span><span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhchtmXrgkMoV-4BeIDjJorhV2lysN5jkZ7Jiu79YpOIU72k3N4UVAkBxQv_ymN83drOJ8BziTCIc9YMmY5hrrs6zi2Wp5mjBp9qYjCBVDtWJCbJxG0ngurPiRe01MongR5J0kt_HU23X8/s1600/PB020244.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhchtmXrgkMoV-4BeIDjJorhV2lysN5jkZ7Jiu79YpOIU72k3N4UVAkBxQv_ymN83drOJ8BziTCIc9YMmY5hrrs6zi2Wp5mjBp9qYjCBVDtWJCbJxG0ngurPiRe01MongR5J0kt_HU23X8/s400/PB020244.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEyRXdDvRpI6442d8TtKkjPc1nMJG8EYiIHuT5Cv2bu1bE6Kl7j_4kp0OSyhd38zXByN4HT3SPNTOyN-IEFhY_alZmnog5F2kkrxAO26eRESVNPTPksrdciZbKpjT3Y01cHagXGSicNP4/s1600/PB020247.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEyRXdDvRpI6442d8TtKkjPc1nMJG8EYiIHuT5Cv2bu1bE6Kl7j_4kp0OSyhd38zXByN4HT3SPNTOyN-IEFhY_alZmnog5F2kkrxAO26eRESVNPTPksrdciZbKpjT3Y01cHagXGSicNP4/s400/PB020247.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Vista do Teide, ao final do dia, desde Orotava (PC </span><span style="font-family: Symbol; font-size: 11pt; line-height: 115%;">ã </span><span style="font-size: x-small;">3/11/2012). </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: justify;">"<i>A mi entender, esta abundante presencia de símbolos mágicos con un gran significado en determinados lugares (imaginización) o de construcciones como los templos redondos, los círculos de piedra y los altares para ofrendas son elementos que poseen una gran relevancia. Imaginizar significa percebir la magia y las irradiaciones de un lugar y añadir una imagen exterior, visible para todos, a la imagen generada en nuestro interior como consecuencia de dicha percepción.</i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: justify;"><i>(...)</i></span></div>
<div>
<i>Nuestros antepasados estaban en perfecta comunicación con cada una de las manifestaciones naturales y con cada elemento, tanto con el manantial como con el viento, mediante las incisiones, dibujos y pigmentos que hacían en la piedra. Se sentían unidos tanto a lo animado como a lo inanimado, puesto que para ellos todo lo que existía tenía vida, las piedras, la tierra, el cielo y el mar.</i></div>
<div>
<i>La religión de la cultura atlántica occidental - y también esto es un rasgo típico de los aborígenes canarios - se practicaba al aire libre. Los altares se dejaban vacíos pues eran reservados como asientos para los dioses, igual que los roques, y si se llegaban a erigir ídolos (como los "efequenes" de Fuerteventura o la "figura femenina" de Tara, en Gran Canaria), tales actividades se hacían al aire libre.</i></div>
<div>
<i>(...)</i></div>
<div>
<i>La madre ancestral de Tara, hallada cerca del municipio de Telde, Gran Canaria, es considerada, por lo general, una escultura de la máxima elegancia y gusto refinado desde una perspectiva estética. Dicha estatua se exhibe actualmente en el Museo Canario de Las Palmas de Gran Canaria. Esta escultura ha ido adquiriendo cada vez más importancia ya que la palavra "tara" en la lengua de los aborígenes canarios significa "símbolos para recordar" o "escrita". İ Todos los petroglifos son "taras"! "Tara" es pues una palavra preindoeuropea de extraordinaria transcendencia.</i>"</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Harald Braem <i>in <b>Tras las huellas de los aborígenes - Guia arqueológica de Canarias</b> </i>(Zech, 2010, p. 33-35)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx8s89JwKCMj9wfkG5mDTEkD-5LAYtEOnoBL70qsMEFaZSnK__hI4dJPm42MNhOQIJh13Ox98-IMATQW3z7bG5tPJvPXT-NX82HxiiFIuxA_mn5be75w4xYOmpqLS2BlCpxQTdDtjDnEQ/s1600/800px-Idolo_guanche_Museo_Canario.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx8s89JwKCMj9wfkG5mDTEkD-5LAYtEOnoBL70qsMEFaZSnK__hI4dJPm42MNhOQIJh13Ox98-IMATQW3z7bG5tPJvPXT-NX82HxiiFIuxA_mn5be75w4xYOmpqLS2BlCpxQTdDtjDnEQ/s400/800px-Idolo_guanche_Museo_Canario.jpg" width="400" /></a></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-36603763209443132812012-10-23T22:03:00.000+01:002012-10-23T23:59:36.951+01:00THE THING?!<div style="text-align: justify;">
Já não vinha a esta "coisa" - o Spelaion - há bastante tempo e fiquei surpreendido... Na verdade, já é a segunda vez que isto me acontece. Estou a consultar o blogue e começo a ouvir como que um animal com respiração rápida e pesada, rouca!!! Algo verdadeiramente incrível, estranho, mesmo bizarro, mas que dá um certo toque de classe e mistério a este espaço dedicado ao mundo subterrâneo... Comecei a achar-lhe piada e decidi chamar-lhe carinhosamente "The Thing"! Um dia apaguei inadvertidamente o fundo deste blogue onde esvoaçava um conjunto de morcegos que não deixaram saudades, agora surgiu este ser incógnito aparentemente vindo das trevas, do desconhecido. Juro que não fui o autor de tamanha proeza :) E também não ando a snifar esteróides anabolizantes ;-)</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG7Oe9ZOHhIIMDI9B92vJndhv3t-XvQOMJPLiAMtbClYZ0JbziMruD461x3inteW7nZyj14C6w5hhJqRlEyT4hmW85avlsZ2svKZCUX2-U-bgpOFEhHsr7JSmCkTzcbT3tbnaUASi20HQ/s1600/thing1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG7Oe9ZOHhIIMDI9B92vJndhv3t-XvQOMJPLiAMtbClYZ0JbziMruD461x3inteW7nZyj14C6w5hhJqRlEyT4hmW85avlsZ2svKZCUX2-U-bgpOFEhHsr7JSmCkTzcbT3tbnaUASi20HQ/s400/thing1.jpg" width="400" /></a></div>
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P.S.: Não tenham medo que não morde (pelo menos até agora!).Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7062786331366868716.post-18676859992278558382012-07-18T10:07:00.001+01:002012-07-18T10:29:23.645+01:00Primeiros americanos recuam mil anos!<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">A
datação e a análise genética de coprólitos humanos da gruta de Paisley (Oregon
- USA) vieram, mais uma vez, alterar as concepções existentes acerca dos
primeiros <i>Homo</i> americanos.</span><span style="line-height: 150%;"> Segundo a notícia publicada no <a href="http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/primeira-migracao-humana-para-a-america-do-norte-deuse-pelo-menos-mil-anos-antes-do-que-se-pensava-1554759">Público</a>
<i>on-line</i>: "<i>Não só os excrementos tinham cerca de 14 400 anos de idade - ou seja, eram uns mil anos mais antigos do que qualquer vestígio conhecido da cultura Clóvis - mas, ainda mais, a análise do ADN humano contido nos coprólitos mostrava tratar-se de dejectos de uma comunidade humana originária da Ásia, que poderia ser a antecessora da população </i></span><span style="line-height: 24px;"><i>indígena</i></span><span style="line-height: 150%;"><i> norte-americana actual.</i>"</span><br />
<span style="line-height: 150%;">A bióloga portuguesa que integra a equipa internacional, liderada por Dennis Jenkins da Universidade de Oregon, salientou que "<i>o que realmente nos permitiu caracterizar estes indivíduos como pertencendo a uma cultura diferente de Clóvis, foi o facto de serem mil anos mais antigos que a cultura Clóvis, como também o facto de as ferramentas de pedra encontradas apresentarem uma tecnologia de fabrico claramente distinta da tecnologia da cultura Clóvis</i>".</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNf1GlH-cQlkYNe9-Pmc61aSTtyuJ1utvIk25Neahns3mMveuQxEJf4wSBZXkRAOanYy6SspkPSf2K6MZr-eBgKnP7yKSULw_6Q8xkPf_XqgXgGuXkv04ymVG81VeewRuS7p_0QMqKZ7g/s1600/391025.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNf1GlH-cQlkYNe9-Pmc61aSTtyuJ1utvIk25Neahns3mMveuQxEJf4wSBZXkRAOanYy6SspkPSf2K6MZr-eBgKnP7yKSULw_6Q8xkPf_XqgXgGuXkv04ymVG81VeewRuS7p_0QMqKZ7g/s400/391025.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-size: x-small;">(Jim Barlow)</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0