Hoje comemora-se o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. O Conselho
Internacional dos Monumentos e Sítios elegeu como tema de celebração, para
2013, o Património da Educação,
tendo em atenção o vastíssimo legado, relacionado com a aprendizagem e o
conhecimento, que encontra a sua materialização em inúmeros elementos e
conjuntos patrimoniais de diferentes tipologias e valor, espalhados um pouco por
todo o país.
A Direcção-Geral
do Património, à semelhança das edições anteriores, apresenta uma programação
que inclui um conjunto de actividades subordinadas ao tema PATRIMÓNIO +
EDUCAÇÃO = IDENTIDADE, dentro do espírito de que o futuro depende muito do reforço
das identidades e de que a educação, e os seus diferentes patrimónios que
plasmam o conhecimento, são contributos insubstituíveis para esse fim.
Num dia como o de
hoje gostaria de salientar as ameaças à geodiversidade no que concerne às
cavidades subterrâneas do concelho de Lisboa, dando uma particular ênfase aos
aspectos socio-históricos, mormente no tocante ao trogloditismo e ao culto das grutas. O esquecimento e o ostracismo a que o património é frequentemente
votado, como é o caso das cavidades do concelho de Lisboa, resulta muitas vezes
da ausência de iniciativas educativas adequadas. Nesse âmbito, a sensibilização
ambiental, a interpretação ambiental, a educação ambiental e a educação para a
sustentabilidade adquirem uma especial relevância, nomeadamente no que respeita ao
património geológico em geral e ao geo-espeleólógico em particular.
Este será também
um dia para apelar à implementação de medidas efectivas de geoconservação, sobretudo num contexto educativo que
pretenda preservar a história e as tradições locais. A criação de um centro de
interpretação no Geomonumento do Rio Seco e/ou de um percurso pedestre temático
que ligasse este geossítio, às Furnas de Monsanto e/ou ao Complexo Subterrâneo
da Furna do Rasto serão apenas dois exemplos entre outras possíveis
iniciativas.
Este será
certamente um dia adequado para revelar mais uma faceta histórica de Lisboa,
que envolve as “famosas” Furnas de Monsanto, recordando o trabalho do
jornalista Mário Domingues que, sob o pseudónimo de Joaquim Vadio, escreveu, em
1930, acerca da pobreza que se vivia na capital. Para tal recorremos ao texto
da autoria de Gonçalo Pereira publicado, no passado dia 7 de Abril no blogue
Ecosfera.
Notícias Ilustrado, 23 de Março de 1930 (reproduzido a partir do arquivo da Hemeroteca Digital)
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