O antropólogo Alistair Pike e a sua equipa internacional, da qual faz parte o arqueólogo português João Zilhão, divulgou hoje (14/06/2012), na imprensa (vide Público e abc News), a descoberta de pinturas rupestres na gruta El Castilho (Espanha) supostamente com mais de 40 mil anos, i.e., quatro a cinco mil anos mais antigas do que as anteriormente datadas. Essa descoberta coloca a possibilidade de a arte rupestre, até agora atribuída ao Homo sapiens, poder ter sido efectuada por neandertais. Facto que, a confirmar-se, irá revolucionar as concepções aceites actualmente sobre a evolução dos Homo, nomeadamente no que concerne às capacidades de produzir arte. O artigo científico sobre esta descoberta será divulgado amanhã na revista Science.
14/06/2012
Essa não é a nossa condição
Não, desta feita não vamos falar sobre a "franga dos ovos d'ouro"! Não é que a "coisa" não merecesse ser (re)abordada até à exaustão, para demonstrar de forma reiterada a perversidade e o absurdo de tal galináceo... Voltamos ao Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) para, mais uma vez, abordarmos o "marisque"! Não, não nos referimos ao negócio new age das "ventoinhas", tipo "delícias do mar", referimo-nos ao tradicional marisco que dá pelo nome de "pedreiras". Já fizemos alusão ao fenómeno em 2008 e em 2009, mas nunca é demais voltar a um assunto de tal calibre. Ainda para mais quando tal matéria volta a despertar a atenção dos media, estando na "ordem do dia". O Jornal de Leiria publicou hoje um artigo, de Raquel de Sousa Silva, precisamente sobre a extracção de recursos: Exportação de pedra cresce e agrava destruição da paisagem das Serras de Aire e Candeeiros.
Temos perfeita consciência de que a indústria extractiva dá trabalho a bastante gente, no PNSAC tal como noutras áreas curiosamente ditas "protegidas", de que o Parque Natural da Arrábida (PNA) é outro (mau) exemplo, assim como estamos cientes que o vinho já terá dado de comer a um milhão de portugueses! Tudo muda, tudo se transforma e nunca será tarde para investir em novos paradigmas de desenvolvimento, já agora verdadeiramente sustentáveis e que garantam uma eficaz conservação da natureza. Afinal não é para garantir a conservação da natureza que os parques naturais foram criados?
Também já sabemos que pregar aos peixes é algo inglório, tal como pregar a galinhas, a mariscos e, ainda para mais, a delícias do mar; assim como adoptar atitudes quixotescas de combate a "ventoinhas". No entanto, antes ser lírico ou utópico do que alinhar com os vendilhões do templo que é a natureza. Tal como escreveu Manuel Alho no prefácio do livro "Educação Ambiental em Portugal (LPN, 2003): se "o mundo é um lugar perigoso para se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer", como defendia Albert Einstein, essa não é a nossa condição.
08/06/2012
Faleceu Phillip Tobias
Phillip Tobias, especialista no estudo da evolução humana, faleceu na passada quinta-feira (7 de Junho), com 86 anos, em Joanesburgo (África do Sul). Deve-se a este paleo-antropólogo um trabalho pioneiro em diversas jazidas consideradas como "o berço da humanidade", de entre as quais se salienta as Grutas de Sterkfontein (situadas a noroeste de Joanesburgo). Foi nestas grutas, classificadas como património da UNESCO, que surgiu o esqueleto mais completo de Australopithecus (com mais de quatro milhões de anos): o Little Foot.
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