A cave in France changes what we thought we knew about Neanderthals...
23/01/2017
24/04/2015
Quem sabe?
Não sei se será por ser Abril, e vésperas de dia 25, mas ocorreu-me escrever algo neste blogue! Afinal tenho inteira liberdade de o fazer, pelo menos por enquanto... Depois de mais de um ano de interregno, voltámos, portanto, a postar neste espaço underground :)
O fenómeno da (aparente) ausência de expressão, pelo menos neste ambiente virtual, remonta à altura em que este espaço, de certo modo subterrâneo, passou a ser assumidamente o único blogue a nível mundial dedicado à espeleo-sofia. Nem mais! Foi, aliás, nessa altura quando passámos a compreender, de forma inteiramente oposta àquela que pensávamos anteriormente, o chavão "há que conhecer para proteger", no que concerne à conservação/protecção da natureza e, nesse contexto, dos ambientes subterrâneos em geral e dos endocársicos em particular.
Terá sido preciso passar mais de uma década a "pregar aos peixinhos" para perceber que a divulgação do meio subterrâneo e da necessidade da sua protecção, a par de diversos alertas concretos sobre a destruição de várias grutas, de pouco ou nada serviu? [Mais nada do que pouco, aliás!] Essa questão ou constatação, verdade seja dita, pouco ou nada importa na sequência dos eventos espeleosóficos subsequentes... Por outro lado, e só por isso a nossa postura já se justificaria, a mudança de paradigma foi só per si, a seu modo, bastante refrescante ;-)
Terá sido preciso passar mais de uma década a "pregar aos peixinhos" para perceber que a divulgação do meio subterrâneo e da necessidade da sua protecção, a par de diversos alertas concretos sobre a destruição de várias grutas, de pouco ou nada serviu? [Mais nada do que pouco, aliás!] Essa questão ou constatação, verdade seja dita, pouco ou nada importa na sequência dos eventos espeleosóficos subsequentes... Por outro lado, e só por isso a nossa postura já se justificaria, a mudança de paradigma foi só per si, a seu modo, bastante refrescante ;-)
A natureza subterrânea não precisará, portanto, de ser conhecida para ser protegida. A melhor protecção, muitas das vezes, passa pelo simples facto/acto de não incrementar a atracção por esses espaços de escuridão profunda, não ir, não fazer, deixar estar (ao que poderíamos acrescentar "ao Deus dará"). A ignorância do "mundo subterrâneo" evitará certamente visitas perfeitamente dispensáveis e mesmo indesejáveis que só irão contribuir para a profanação desses espaços sagrados.... Se andei um ano a meditar para chegar ou expressar tão brilhante conclusão? Quem sabe?! Quem sabe por onde andei ou deixei de andar? Ou o que é que isso possa interessar para o caso?! Se estive nas grutas ou as grutas em mim? Quem sabe, se por estas e por outras, só para o ano (ou antes ou depois?) é que voltarei a postar nesta "chafarica virtual" dando continuidade a este entretenimento espeleosófico? Quem sabe?
28/11/2013
25/11/2013
30/04/2013
O CASO
Foi precisamente
ao deambular na Internet em torno dessa temática, numa semana marcada pela
corrida ao "O Buraco", que dei de caras com "O Caso dos Exploradores de Cavernas"! Trata-se de uma história fictícia que, não
resolvendo o “caso” que originou a aludida busca, resultou numa interessante
leitura que recomendo vivamente. De resto, deixo a pretensa polémica para quem
pretenda teorizar sobre tão interessante e promissor assunto ;-)
P.S. (2/05/2013): Tendo em conta que a versão em "português" anteriormente disponibilizada não será a melhor, fica aqui um link de acesso à versão inglesa: The case of the speluncean explorers (1949). E, já agora, mais alguns "considerandos" acerca do assunto trazido à colação: The Case of the Speluncean Explorers: Twentieth-Century Statutory Interpretation in a Nutshell (1993) e The Speluncean Explorers: Further Proceedings (2010).
P.S. (2/05/2013): Tendo em conta que a versão em "português" anteriormente disponibilizada não será a melhor, fica aqui um link de acesso à versão inglesa: The case of the speluncean explorers (1949). E, já agora, mais alguns "considerandos" acerca do assunto trazido à colação: The Case of the Speluncean Explorers: Twentieth-Century Statutory Interpretation in a Nutshell (1993) e The Speluncean Explorers: Further Proceedings (2010).
22/04/2013
18/04/2013
PATRIMÓNIO IDENTITÁRIO
Hoje comemora-se o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. O Conselho
Internacional dos Monumentos e Sítios elegeu como tema de celebração, para
2013, o Património da Educação,
tendo em atenção o vastíssimo legado, relacionado com a aprendizagem e o
conhecimento, que encontra a sua materialização em inúmeros elementos e
conjuntos patrimoniais de diferentes tipologias e valor, espalhados um pouco por
todo o país.
A Direcção-Geral
do Património, à semelhança das edições anteriores, apresenta uma programação
que inclui um conjunto de actividades subordinadas ao tema PATRIMÓNIO +
EDUCAÇÃO = IDENTIDADE, dentro do espírito de que o futuro depende muito do reforço
das identidades e de que a educação, e os seus diferentes patrimónios que
plasmam o conhecimento, são contributos insubstituíveis para esse fim.
Num dia como o de
hoje gostaria de salientar as ameaças à geodiversidade no que concerne às
cavidades subterrâneas do concelho de Lisboa, dando uma particular ênfase aos
aspectos socio-históricos, mormente no tocante ao trogloditismo e ao culto das grutas. O esquecimento e o ostracismo a que o património é frequentemente
votado, como é o caso das cavidades do concelho de Lisboa, resulta muitas vezes
da ausência de iniciativas educativas adequadas. Nesse âmbito, a sensibilização
ambiental, a interpretação ambiental, a educação ambiental e a educação para a
sustentabilidade adquirem uma especial relevância, nomeadamente no que respeita ao
património geológico em geral e ao geo-espeleólógico em particular.
Este será também
um dia para apelar à implementação de medidas efectivas de geoconservação, sobretudo num contexto educativo que
pretenda preservar a história e as tradições locais. A criação de um centro de
interpretação no Geomonumento do Rio Seco e/ou de um percurso pedestre temático
que ligasse este geossítio, às Furnas de Monsanto e/ou ao Complexo Subterrâneo
da Furna do Rasto serão apenas dois exemplos entre outras possíveis
iniciativas.
Este será
certamente um dia adequado para revelar mais uma faceta histórica de Lisboa,
que envolve as “famosas” Furnas de Monsanto, recordando o trabalho do
jornalista Mário Domingues que, sob o pseudónimo de Joaquim Vadio, escreveu, em
1930, acerca da pobreza que se vivia na capital. Para tal recorremos ao texto
da autoria de Gonçalo Pereira publicado, no passado dia 7 de Abril no blogue
Ecosfera.
Notícias Ilustrado, 23 de Março de 1930 (reproduzido a partir do arquivo da Hemeroteca Digital)
17/04/2013
16/04/2013
15/04/2013
Muito obrigado, "O BURACO"...
A corrida continua e tem sido alvo dos media e de ampla cobertura através de fotografias, filmes e outras formas de documentar o grande acontecimento da Espeleo-Primavera de 2013, i.e. a primeira descida ao "O BURACO"!... Um desafio, diria mesmo um certo frenesim, propiciado certamente pelas características da época, dada a rituais de fertilidade, e que denotará alguma fixação em torno do mito, curiosamente bem enraizado, do "desvirginjar" de cavidades, montanhas ou tudo aquilo em que se possa dizer e/ou pensar: eu fui o primeiro!! Ao estilo conquistador, explorador ou outros epitetos igualmente trágico-cómicos!!!
Para além do interesse científico (reconhecido sob o "chapéu de chuva" de alguma Universidade), que é invariavelmente avançado como justificativo de explorações, por esse motivo tão imperiosas quanto urgentes, ainda para mais em cavidades acabadinhas de surgir/descobrir, subjaz invariavelmente a componente desportiva tantas vezes menorizada e que agora volta a adquirir um papel principal...
A nós, comuns mortais que simplesmente assistimos ao desenrolar de (parte dos) acontecimentos, resta-nos tão somente agradecer ao "O BURACO" pelo entusiasmo primaveril que atingiu o cerne da espeleologia portuguesa e, à falta de resultados científicos, admirar-nos com os desempenhos técnicos com que somos brindados... Portanto, haja buracos! Muitos, muitos buracos mesmo!
P.S. (16/04/2013): Depois das primeiras descidas ao "O BURACO" já existem mais algumas (poucas) novidades acerca do mesmo. As expectativas estão de certo modo a ser goradas, tendo em conta que a profundidade do dito "encolheu" para mais de metade, foi detectada água corrente com mais de dois metros de profundidade, mas até agora nada de ouro ou sequer um bicharoco cavernícola para amostra! Lá está, "tudo normal em Queluz ocidental": rocha, água e escuridão! De resto, "ainda a procissão vai no adro": quando o nível freático descer, em pleno Estio, logo saberemos o desenvolvimento subterrâneo da cavidade (tal como outros preciosos indicadores); se esta comunica com a Cova da Moura, se se estende até à Arrábida ou se estabelece ligação directa à Nova Zelândia. Por agora, pelas reacções do pessoal, deve haver algum receio (aliás, fundado) de que "O BURACO" ainda estará algo instável e, por isso, sujeito a eventuais abatimentos; ou, quem sabe, algum "meduço", ao estilo de The Thing ou de The Descent, face ao que a escuridão poderá esconder!
12/04/2013
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